Monarca

Rei da Tailândia, Bhumibol Adulyadej, morre após 70 anos no poder

Monarca de 88 anos estava internado em hospital em Bangcoc; status quase divino do rei faz da sucessão um tabu no país

Atualizada em 11/10/2022 às 12h44


Bangcoc - O rei da Tailândia, Bhumibol Adulyadej, morreu aos 88 anos ontem no hospital onde estava internado em Bangcoc. A causa da morte não foi informada pelo palácio, segundo a Reuters.

Ele era o decano dos moarcnas em exercício no mundo: estava havia 70 anos no trono e goza de um status de semideus, fruto de décadas de culto a sua personalidade. Na quarta, 12, o palácio tinha publicado um boletim médico inquietante, aumentando os temores após um dia de especulações, que já haviam levado os tailandeses a se reunir diante do hospital.

Vestidos de rosa e amarelo, as cores da monarquia, mais de 500 fiéis budistas entraram durante o dia no local para depositar flores e acender incensos. Posteriormente, rezaram ajoelhados. Alguns carregavam retratos do rei enquanto mantinham a cabeça baixa e faziam as orações.

O rei já estava respirando por aparelhos e "sob terapia de substituição renal", além disso sofria "com uma nova infecção", segundo o boletim divulgado na televisão nacional.

Nas redes sociais, muitos tailandeses substituíram sua foto de perfil por uma imagem em amarelo e rosa na qual se lia "Longa vida ao rei".

Sucessão
A morte de Adulyadej coloca o país em um período de incerteza, porque o status quase divino do rei faz com que a questão de sua sucessão seja um tabu na Tailândia.

Seu filho de 64 anos, o príncipe herdeiro Maha Vajiralongkorn, o sucederá no trono, segundo a France Presse.

O primeiro-ministro tailandês Prayuth Chan-ocha disse que o anúncio de sucessão será feito depois, e que o príncipe pediu um tempo de luto junto com a população. "Deixem-nos esperar pela hora certa", disse a jornalistas.

A morte de Bhumibol é um grande teste para os generais do país, que tomaram o poder em 2014 prometendo restaurar a estabilidade após uma década de caos político, de acordo com a France Presse. O período turbulento foi intensificado pela piora do estado de saúde do rei, enquanto as elites competiam pelo poder.

Os militares têm ligações profundas com o palácio e muitos dentro do reino encararam o golpe como um movimento para garantir que os generais pudessem minar qualquer instabilidade durante a sucessão.

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