Eleições dos EUA

Maioria dos russos prefere Trump a Hillary como presidente dos EUA

Segundo pesquisa, 44% acham que vitória de Trump favoreceria a Rússia; presidente russo Vladimir Putin já elogiou republicano em várias situações e disse que está disposto a trabalhar com qualquer um dos candidatos, mas se o presidente quiser

Atualizada em 11/10/2022 às 12h44
(O candidato republicano Donald Trump está sendo acusado por duas mulheres por toques impróprios)

Moscou - A maioria de russos prefere que o empresário Donald Trump, que concorre pelo Partido Republicano, seja o ganhador das eleições presidenciais nos Estados Unidos, e não Hillary Clinton, candidata do Partido Democrata.

Segundo uma pesquisa divulgada ontem pela fundação Opinião Pública, 44% dos russos acreditam que a vitória de Trump favoreceria os interesses da Rússia, e só 7% pensam o mesmo no caso de vitória de sua adversária.

Para 37% dos entrevistados, as relações bilaterais melhorariam se Trump for o novo presidente, 35% acreditam que elas permanecerão como estão e só 6% opinaram que piorarão.

Já 35% acreditam que as relações russo-americanas piorarão se Hillary se tornar presidente dos EUA, outros 35% acham que não mudarão e 10%, que serão melhores do que agora.

Já 38% dos participantes da pesquisa disseram ter uma imagem positiva de Trump, e 20%, uma imagem negativa. Enquanto isso, 61% dos russos afirmaram não ter boa impressão de Hillary, que desperta simpatia só em 8% dos entrevistados.

Quanto às previsões de vitória, 37% apostam que ela será de Trump e 31% disseram que a vencedora será a candidata democrata.

Elogio

O presidente russo, Vladimir Putin, que elogiou Trump em várias ocasiões, afirmou na quarta-feira,12, que está disposto a trabalhar com qualquer um dos candidatos, mas só se o novo presidente dos EUA quiser cooperar com a Rússia. Além disso, ele classificou como "muito difícil" o diálogo com o governo Barack Obama.

"Praticamente não há diálogo", ressaltou Putin, que acusou Washington de querer ditar suas condições a outros países "em quase todas as questões".

Putin afirmou que nos EUA "agora o tema número um em todas as campanhas eleitorais é a Rússia", mas acusou os dois candidatos de abusar "da retórica antirrussa" e envenenar as relações.

"Não se deve utilizar a Rússia como moeda de troca na luta política interna. Isso é, no mínimo, pouco sério", ressaltou Putin, que acusou Hillary em 2011 de instigar os maiores protestos antigovernamentais na Rússia em 20 anos.

Acusações a Trump

Duas mulheres acusaram Donald Trump de toques impróprios em uma reportagem publicada na quarta-feira,12, pelo jornal "New York Times", alegações que seu porta-voz classificou de "ficção", mas que podem prejudicar ainda mais as chances de o candidato presidencial republicano conquistar a Casa Branca a meras quatro semanas da eleição de 8 de novembro.

A reportagem foi seguida por uma torrente de alegações semelhantes de outras mulheres, aumentando a pressão sobre a campanha de Trump, que vem perdendo fôlego nas pesquisas de opinião e tendo dificuldade para conter uma crise causada por comentários do candidato sobre como apalpa mulheres sem seu consentimento, que vieram à tona na sexta-feira,7.

Uma das mulheres, Jessica Leeds, apareceu em um vídeo no site do "New York Times" contando como Trump apertou seus seios e tentou colocar a mão por baixo de sua saia durante um voo a Nova York em meados de 1980.

A segunda mulher, Rachel Crooks, descreveu como Trump a beijou "diretamente na boca" em 2005 do lado de fora do elevador da Trump Tower em Manhattan, onde ela trabalhava como recepcionista de uma imobiliária.

A campanha do magnata negou haver qualquer veracidade nas reportagens e divulgou uma carta enviada ao jornal por Marc Kasowitz, um advogado que representa Trump, exigindo que a publicação se retrate da reportagem, que chamou de "difamatória", ameaçando uma ação legal se não o fizer.

"Este artigo inteiro é ficção, e é perigoso para o 'New York Times' lançar um assassinato de caráter completamente falso e coordenado contra o senhor Trump", disse o principal conselheiro de comunicação da campanha de Trump, Jason Miller, em um comunicado.

A Reuters não conseguiu verificar os incidentes de forma independente. Leeds e Crooks não responderam de imediato a pedidos de comentários feitos pela Reuters. "Mantemos a reportagem, que se ajusta claramente ao domínio do jornalismo de prestação de serviço", afirmou uma porta-voz do jornal.

A matéria vem à tona dois dias depois de uma pesquisa de opinião Reuters/Ipsos ter revelado que um de cada cinco republicanos acha que os comentários de Trump sobre apalpar mulheres o desqualificam para a Presidência e o colocam 8 pontos percentuais atrás da candidata democrata Hillary Clinton entre eleitores prováveis --o voto é facultativo nos Estados Unidos.

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