Relatório

Redução da pobreza é ameaçada por desigualdades, diz Banco Mundial

767 milhões ainda viviam com menos de US$ 1,90 por dia em 2013; números supõem uma queda de 12% da extrema pobreza no mundo todo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h45

Washington - A pobreza extrema se reduziu no mundo, mas sua erradicação está ameaçada pelo agravamento das desigualdades econômicas – alerta um relatório do Banco Mundial (BM) publicado domingo,2.

No total, 767 milhões de pessoas ainda viviam com menos de US$ 1,90 por dia em 2013 e, dessas, quase metade na África Subsaariana, de acordo com os dados mais recentes incluídos no informe.

O documento foi divulgado na Assembleia Anual do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial. Em termos interanuais, esse número supõe uma queda de 12% da extrema pobreza no mundo todo, apesar do crescimento mais lento, comemorou o BM.

A queda é ainda mais pronunciada em longo prazo, se comparado com os quase 2 bilhões de pessoas pobres registradas em 1990. "O número de pessoas privadas de uma renda decente continua, porém, sendo muito grande", considerou o presidente da entidade, Jim Yong Kim, em um comunicado.

Tendo como meta erradicar a pobreza extrema antes de 2030, o Banco Mundial adverte que isso não será alcançado, se as desigualdades econômicas não forem abordadas.

"Não conseguiremos isso, a menos que façamos que o crescimento beneficie os mais pobres. E, para isso, é preciso tratar as fortes desigualdades", insistiu Kim.

Entre 2008 e 2013, a renda de 60% dos mais ricos aumentou mais depressa do que os 40% das pessoas mais pobres em quase metade dos 84 países estudados no informe.

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