A rotina dos moradores de São Luís foi alterada na sexta-feira, 30, por causa do medo de novos ataques a ônibus. No principal polo comercial da capital, a Rua Grande, alguns estabelecimentos fecharam as portas mais cedo e liberam os seus funcionários, apreensivos com relação à possibilidade de novas ocorrências.
Na tarde de sexta-feira, por volta de 16h, algumas lojas já estavam fechando as portas, antes do fim do expediente convencional, que é às 18h. “Por causa desses áudios que estão circulando [nas redes sociais], nós nunca sabemos o que é verdade. Então, por medida de segurança, é melhor liberar mais cedo”, disse Ailton Fonseca, gerente de uma loja instalada na via.
João Batista, vendedor ambulante que trabalha há 16 anos na Rua Grande, na sexta-feira também encerrou seu expediente mais cedo. “Por ter que largar o ponto mais cedo, a renda diminui também. O jeito é trabalhar mais outro dia para poder compensar”, contou.
Tensão
Outros reflexos também puderam ser observados por conta da possibilidade de novos ataques. Outros estabelecimentos comerciais fecharam as portas mais cedo. Além disso, instituições de ensino, como escolas, cursinhos e universidades, cancelaram as aulas na sexta.
Esse foi o caso de instituições de ensino frequentadas por milhares de pessoas diariamente, como a UNDB e Universidade Ceuma, no Renascença; e a Universidade Estado do Maranhão (Uema), na Cidade Operária. A Universidade Federal do Maranhão (UFMA), na área Itaqui-Bacanga, e o Instituto Federal do Maranhão (IFMA), instalado no Monte Castelo, também avaliaram ser mais prudente não funcionar no período da tarde.
Por causa da onda de criminalidade, a produção da Casa das Dunas informou que o “Baile das Moderninhas”, que seria realizado no espaço, localizado na Avenida Litorânea, foi adiado. A produção informou que as pessoas que compraram os ingressos podem ser ressarcidas, se dirigindo ao local onde seria realizado o evento, ou podem utilizar os passaportes na nova data da festa, reagendada para o dia 30 deste mês.
Veículos da Cemar queimados
Além dos ataques a ônibus, na sexta-feira também foi registrado um ataque a dois veículos da Companhia Energética do Maranhão (Cemar). O primeiro aconteceu na Via Expressa, durante a manhã, e o outro foi registrado no Maracanã, no período da tarde.
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