Vale tudo?!?

Atualizada em 11/10/2022 às 12h45

Setores do governo Flávio Dino (PCdoB) e da gestão de Edivaldo Júnior (PDT) uniram-se ontem em mais uma tentativa de desestabilizar o adversário Wellington do Curso (PP), que pode enfrentar o pedetista em um segundo turno em São Luís. A história da vez foi um suposto envolvimento do candidato do PP com facções criminosas.
E a história, sem pé nem cabeça, surgiu da mente do principal auxiliar do governo Flávio Dino, o secretário de Articulação Política Márcio Jerry. Desde cedo, Jerry começou a postar em seu perfil no Twitter questionamentos sobre o assunto. Tudo porque Wellington, que estava gravando vídeos para seu programa eleitoral, foi abordado por mulheres e familiares de presos de Pedrinhas, que protestavam contra o que consideram arbitrariedades do sistema de Segurança.
As tuitadas de Jerry geraram vários posts em blogs alinhados à campanha de Edivaldo Júnior, inclusive com ameaças de um suposto vídeo em que Wellington estaria insuflando rebeliões em Pedrinhas.
O curioso é que o próprio Márcio Jerry, que agora condena a ação do adversário do seu candidato a prefeito, recebeu as mesmas mulheres, ano passado, quando faziam as mesmas reivindicações. E classificou o encontro de “diálogo e respeito”.
No início da tarde, a ação dos aliados de Edivaldo foi condenada por militantes dos Direitos Humanos e por intelectuais, como Antônio Pedrosa e Joaquim Haickel. O próprio Wellington emitiu nota classificando de “absurdo do desespero” a atitude do secretário.
Essa é a segunda tentativa promovida em conluio do governo do Estado e da prefeitura, na tentativa de desestabilizar a campanha de Wellington. A primeira, a história da suposta invasão de um terreno, foi desmascarada pela Justiça, que mandou arquivar a ação.

Sub judice
O prefeito Edivaldo Júnior deve chegar ao segundo turno com um recorde de ações por crime eleitoral na história política de São Luís.
Ele já responde a nada menos do que oito processos, todos com pedidos de cassação do registro de candidato ou do diploma de eleito.
O TRE pode julgar as ações agora ou mesmo depois da eleição, produzindo os mesmos efeitos em caso de procedência.

Assinatura
As principais ações contra Edivaldo têm a assinatura do ex-juiz Marlon Reis, que comanda hoje o diretório da Rede Sustentabilidade no Maranhão.
E todas elas deverão chegar, fatalmente, ao Tribunal Superior Eleitoral, levando-se em conta o grande número de recursos que proporcionam.
Reis, no entanto, diz ter convicção de que, mais cedo ou mais tarde, elas causarão o efeito desejado.

Flagrante
A mais nova ação contra Edivaldo é um flagrante considerado “batom na cueca” por especialistas em direito eleitoral.
As imagens - que serão usadas, inclusive, no horário eleitoral - mostram carros de som da campanha de Edivaldo fazendo carreata em meio aos ônibus entregues pela Prefeitura.
O flagrante foi gravado pelo suplente de vereador Paulo Roberto Pinto, o Carioca (PHS).

E o trabalho?
Focado por completo nas eleições municipais, o Palácio dos Leões tem ocupado tempo nas disputas político-partidárias.
O governador Flávio Dino passou as últimas semanas em atos de campanha no interior do estado e com as já conhecidas frases de efeito nas redes sociais.
Márcio Jerry, “homem forte” do palácio, além de monitorar as candidaturas do PCdoB, tem atacado adversários na internet. Alexandre Almeida, de Timon, e Wellington do Curso, em São Luís, foram alguns dos alvos.

Sem postura
O secretário de Comunicação e presidente do PCdoB, Márcio Jerry, nesse período final de campanha eleitoral perdeu até a postura de auxiliar do Governo do Estado.
Em plena entrevista coletiva de assunto do governo estadual referente a problemas em Imperatriz com a Polícia Militar, Jerry estava vestido com a camisa do PCdoB.
A vestimenta foi estranhada por muitos dos presentes, já que o secretário mais parecia um líder estudantil do que um secretário de estado.

Queima I
O Governo do Estado tem mobilizado forte aparato de segurança em campanhas eleitorais de aliados no interior.
Enquanto isso, bandidos estão “tocando o terror” em São Luís e Imperatriz, com queimas de ônibus.
E uma das ações de destaque da cúpula da Segurança nos últimos dias foi uma foto de delegados - como espécies de “heróis” - no Terminal da Cohama.

Queima II
O secretário de Articulação Política do governo, Márcio Jerry, passou o dia de ontem tentando plantar factoides contra os adversários do prefeito Edivaldo Júnior.
No mesmo período, bandidos anunciavam, nas mesmas redes sociais, que iriam queimar ônibus e “tocar o terrror” na noite de São Luís.
Absorto em seus pensamentos, o aliado do governador e do prefeito parece não ter dado a devida importância ao comunicado. Deu no que deu.

E MAIS

• O candidato do PMN, Eduardo Braide, aposta que o debate da TV Mirante vai fazê-lo crescer a ponto de garantir vaga no segundo turno

• Aliados do prefeito Edivaldo Júnior chegaram a cogitar, ontem, a sua não participação no debate da TV Mirante.

• Wellington do Curso passou os últimos oito dias fazendo media training, se preparando para o debate da TV Mirante.

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