Prisão

Policial militar é preso com 300 kg de maconha em Peritoró

Prisão foi efetuada na madrugada de ontem pelos policiais da Senarc; droga seria distribuída em vários municípios, inclusive São Luís; outras duas pessoas, que acompanhavam o militar, também foram detidas durante a operação

Atualizada em 11/10/2022 às 12h46

Um policial militar foi preso ontem com 300 kg de maconha, prontos para a comercialização, no município de Peritoró (distante aproximadamente 250 km de São Luís). Com ele, outras duas pessoas também foram presas. A droga seria distribuída em vários municípios da região, e uma parte dela viria para a capital maranhense.

A prisão foi efetuada pela Polícia Civil por meio da Superintendência Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Senarc). Na atividade, foram presos o cabo da polícia militar identificado como Jennylson Reis e Silva, lotado no pelotão de Peritoró, e Adriano Gomes Chaves e Paulo José Vieira de Sousa.

A prisão ocorreu durante a madru­gada nas proximidades da rodoviária de Peritoró quando eles estavam fazendo o transporte da droga em uma carreta. No momento da prisão, Jennylson Reis ainda chegou a se identificar como policial militar na intenção de se livrar do flagrante, mas não obteve êxito.

As investigações tiveram início após denúncias que apontavam o envolvimento de um cabo da PM, lotado em Peritoró, na distribuição de drogas nos municípios de Coroatá, Pedreiras e Peritoró. Com base nessas informações, os policias da Senarc montaram uma operação e conseguiram efetuar a prisão dos traficantes. “Ele confessou, inclusive, que fazia o transporte de drogas com frequência”, disse o delegado Carlos Alessandro, da Senarc, ao referir-se ao PM Jennylson Reis, preso na operação de ontem.

Punição
De acordo com Jefferson Portela, titular da Secretaria de Segurança Pública, o policial envolvido na prática do delito será punido de acordo com o rigor da lei. “A mão suja de um criminoso infiltrado na polícia é a mais suja possível. Ele é um bandido como qualquer outro e não terá condição especial”, disse.

A mesma opinião foi compartilhada pelo coronel Pereira, comandante geral da PM. “O policial é um cidadão honesto, que recebe, como incumbência do Estado, a proteção da sociedade. O policial tem o dever constitucional de proteger a lei e o cidadão”, frisou.

Apreensões
A Senarc vem intensificando o trabalho de combate ao tráfico de drogas. Até julho deste ano, foram apreendidos 1.598,809 kg, com 117 traficantes presos e 22 armas apreendidas. As denúncias recebidas por meio do aplicativo WhatsApp (98 991634899) têm contribuído com as atividades.

Essas denúncias já renderam a apreensão de mais de 250 kg de drogas e a prisão de 44 criminosos. Entre esses presos, cinco eram foragidos da Justiça, que tinham sido beneficiados com a saída temporária e não haviam retornado ao presídio no prazo estabelecido pelo Poder Judiciário.

De acordo com as investigações, a maior parte do material apreendido chega ao estado via terrestre das regiões Norte e Centro-Oeste. A cidade maranhense de Estreito é um dos pontos de entrada e distribuição da droga para outras cidades, inclusive São Luís, via Ilhinha, São Francisco, Cidade Olímpica, Cidade Operária, Bairro de Fátima, Vila Luizão, Divineia e Vila Conceição, no Altos do Calhau, um dos bairros com maior concentração das chamadas bocas de fumo, que são os pontos de consumo e comercialização de entorpecentes.

Nos próximos meses, a Senarc vai contar com um canil. Os cães farejadores vão participar das operações para facilitar o trabalho da equipe, principalmente em busca de entorpecentes. l

Saiba mais

Traficante é apresentado

Na segunda-feira (15), a polícia apresentou Manoel Murilo Alves Miranda Júnior, de 22 anos. Ele é suspeito de atuar na distribuição de entorpecentes no bairro do Turu e em regiões adjacentes. Com ele, os policiais encontraram 70 kg de maconha prensada e 300 gramas de crack. Ainda de acordo com as investigações da polícia, Manoel Murilo é chefe de facção criminosa e ex-presidiário de Pedrinhas, onde respondia pelos crimes de roubo e homicídio.

Manoel Júnior foi preso e conduzido para a sede do Senarc, no Bairro de Fátima e, ao depor, declarou que teria comprado cerca de 100 kg de maconha em Goiás e que pretendia arrecadar algo em torno de R$ 250 mil.

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