Prisão

Sargento da PM preso suspeito de envolvimento com tráfico de drogas

Militar é acusado de repassar informações sobre cerco policial para bando que atuava no São Francisco e era comandado por Júnior Galinha; em troca, ele receberia dinheiro

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
Integrantes de bando preso com entorpecentes durante cerco policial
Integrantes de bando preso com entorpecentes durante cerco policial (bando preso tráfico)

SÃO LUÍS - O sargento Roberval de Sousa Muniz, lotado no 8º Batalhão da Polícia Militar, foi preso ontem no São Cristóvão durante a operação Poleiro da Superintendência Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Senarc) acusado de fazer parte de uma organização criminosa especializada em venda de entorpecente, chefiada por Edmilson Santos Costa Ferreira Júnior, Júnior Galinha, no São Francisco e Renascença.

No decorrer desse cerco policial também foram presos o líder desse bando e os integrantes, identificados como Greydison dos Anjos Ramos, Márcio Silva Gomes e Ronaldo Santos Marques. Em poder deles, a polícia apreendeu papelotes de cocaína e uma quantia de R$ 19 mil. O delegado Carlos Alessandro de Assis, superintendente da Senarc, declarou que o sargento foi preso em cumprimento a ordem judicial em sua residência e está custodiado em uma das celas do presídio militar, localizado na sede do Comando Geral da Polícia Militar, no Calhau.

Enquanto, os outros criminosos foram presos no São Francisco. O delegado afirmou que na residência de Júnior Galinha foram apreendidos o dinheiro e a droga. Eles foram levados para sede da Senarc, no Bairro de Fátima e, logo após, encaminhados para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas. “O Júnior Galinha já tinha sido preso no ano de 2015 e estava com uma quantia de mais de R$ 200 mil”, disse o delegado.

Investigação
O delegado Albert Fontes, lotado na Senarc, declarou que os passos desse bando vinha sendo monitorado há mais de 10 meses e sendo que cada criminoso tinha uma missão nessa empreitada criminosa. Edmilson Santos era o “cabeça” dessa organização e comercializava como também armazenava a droga em sua residência e tinha como apoio Márcio Silva.

Albert Fontes ainda informou que a droga era jogada do primeiro andar para os usuários e o dinheiro era deixado na portaria. Também o entorpecente era levado aos usuários pelos motoboys Ronaldo Santos e Gredison dos Anjos. “A maioria dos clientes desse bando era de alto poder aquisitivo”, disse o delegado.

Ele ainda informou que o sargento da Polícia Militar teve o primeiro contato com Júnior Galinha durante uma abordagem ocorrida há mais de um ano, no bairro do São Francisco. Neste momento, o policial teria pego uma determinada quantia em dinheiro para liberar o traficante, que estava portando pinos de cocaína.

Albert Fontes também declarou que o sargento passou a receber diariamente dinheiro desse criminoso e informava para esse bando criminoso sobre as operações da polícia que visava o combate o tráfico de droga nessa região da cidade. “O militar recebia dinheiro das mãos do próprio traficante como também quantias chegaram a ser depositada em contas bancárias”, explicou o delegado.

Outras prisões

O faccionado Carlos Magno Silva de Oliveira, Cebola ou Pica-Pau, de 34 anos, acusado de ser um dos cabeças da comercialização de droga no Residencial Amendoeiras, área do Maracanã, foi preso ontem durante incursão da Polícia Militar. Em poder dele foram apreendidos um tablete de maconha, um revólver calibre 38, dez munições de 38, seis munições ponto 40 e uma quantia de R$ 169.

A polícia informou que esse detido tinha a função de disciplina dentro da facção criminosa como ainda era responsável em abastecer as bocas de fumo dessa localidade. Os militares ontem realizaram uma vistoria na residência desse criminoso onde encontraram a droga, arma e munições. O criminoso foi conduzido para o 12º Distrito Policial, no Maracanã, onde tomaram as devidas providências.

No bairro do São Raimundo foram presos ontem Adriana Vieira de Jesus Araújo e Josenilde dos Santos de Jesus acusados de crimes de furto qualificado e associação criminosa. A polícia informou que elas fazem parte de um bando criminoso suspeito de roubo a estabelecimento comercial na Ilha e teriam fugindo de um cerco policial ocorrido no mês de junho deste ano.

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