Pokémon Go

Pokémon Go lota praça no Centro Histórico

As criaturas japonesas, conhecidas mundialmente por causa de um desenho animado da década de 1990, voltaram a ser uma febre. Pokémon Go é um jogo de realidade aumentada para smartphones

Atualizada em 11/10/2022 às 12h46
Pokémon Go, a nova mania do Planeta, movimentou a cidade de São Luís no fim de semana
Pokémon Go, a nova mania do Planeta, movimentou a cidade de São Luís no fim de semana (Pokémon)

SÃO LUÍS - No fim de semana, a Praça Pedro II, no Centro Histórico de São Luís, esteve lotada. Mas se engana quem pensa que eram turistas visitando os monumentos históricos da capital, como o Palácio dos Leões e a Igreja da Sé. Quer dizer, até era, mas por outro motivo: o jogo Pokémon Go, que se tornou febre e tem levado milhares de pessoas à diversos pontos da capital à caça dos monstrinhos que se tornaram populares no Brasil nos anos 1990.

As criaturas japonesas, conhecidas mundialmente por causa de um desenho animado da década de 1990, voltaram a ser uma febre. Pokémon Go é um jogo de realidade aumentada para smartphones que usa o GPS dos celulares. O jogador, chamado de treinador, joga andando pelo mundo real e caçando pequenos monstros virtuais como o Pikachu e Jigglypuff em lugares perto da localização do seu telefone e treinando-os para lutar uns contra os outros. O sucesso vem da mistura de jogo e realidade. Na tela do telefone o jogador vê o mundo real, como na câmera do seu celular, mas habitado por um monstrinho do Pokémon. Mas os jogadores têm uma meta ambiciosa a cumprir: capturar todos os pokémons, 150 monstrinhos.

Os usuários do aplicativo confessam que se trata de um jogo viciante, que não tem idade e nem horário para ir à caça. O universitário Romulo Medeiros afirmou que quando lançado, o jogo superou suas expectativas, por isso, não para de jogar. “O jogo preencheu aquele desejo que toda criança tinha de se tornar um mestre Pokémon. Além da nostalgia que o jogo carrega, essa proposta de ter que sair de casa pra jogar, aliado ao fato de que você conhece muita gente nova, são coisas que eu realmente adorei no jogo”, comentou.

No fim de semana, a Praça Pedro II e adjacências, como a Benedito Leite, estava tomada por caçadores. Segundo eles, é o local mais propício para se caçar e adquirir as pokebolas (fundamentais na captura dos bichinhos). Cada Pokémon tem uma pontuação e quanto mais pontos o jogador acumular, pode vender pokémons para evoluir. E quando encontra um ginásio, pode duelar com outro mestre Pokémon e, se vencer, destrona o líder daquele ginásio e se torna um mestre Pokémon, da mesma forma que acontecia no desenho japonês. Em resumo, os jogadores são treinadores Pokémon determinados a se tornarem mestres.

Thiago Sousa afirma que o jogo é um fenômeno porque viveu um momento muito especial e quase insuperável nos anos 1990 e 2000, quando o desenho foi exibido no Brasil. “O que eu posso dizer é que é muito refrescante ver uma franquia desse nível sendo resgatada sob um caráter finalmente inovador. E as pessoas não esperam outra coisa, além disso. Talvez essa seja a explicação. Ser bom já não basta, precisa trazer alguma inovação. Principalmente nestes tempos em que o inédito parece estar em crise e em profunda escassez”, comentou.

Apesar do grande número de adeptos, o jogo também recebe muitas críticas de pessoas que dizem que ele serve para tirar a atenção dos jovens ou que seria uma forma de capturar informações pessoais dos jogadores. “Porque é realmente interessante pra CIA ou seja lá o que for, o que a gente faz”, ironiza a treinadora Aline Alencar. Ela diz ainda que não entende porque o jogo provoca tantas críticas. “Joga quem quer. Se a pessoa não que jogar, não baixa o jogo. É tudo tão simples. A gente não pode nem se divertir em paz. O mundo anda tão louco que as pessoas buscam motivos para implicar com quem não está incomodando-as”, falou, antes de sair correndo para capturar outro Pokémon.

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