Francisco

“Mundo está em guerra”, diz papa

Para pontífice, conflitos mostram disputas por dominação de povos; ele viajou ontem para Cracóvia, na Polônia

Atualizada em 11/10/2022 às 12h46
(Papa Francisco falou com repórteres durante seu vôo para a Polônia, ontem)

Vaticano - O Papa Francisco disse ontem que a série de ataques recentes, incluindo o assassinato de um padre na França, é a prova de que o "mundo está em guerra". No entanto, ele destacou que culpar a religião por isso não é responsável, segundo a Reuters.

Para o pontífice, os conflitos são motivados pela disputa pela dominação de povos e por interesses econômicos. As declarações foram dadas a bordo de um avião que o levará à Polônia. Ele participará da Jornada Mundial da Juventude, na Cracóvia.

Na Polônia, a agenda de Francisco é extensa, segundo a Efe. Ele vai celebrar a missa no santuário de Jasna Góra, em Czestochowa, e visitará ao santuário da Divina Misericórdia . Em seguida participará dos eventos relacionados com a JMJ como a Via-Sacra, a vigília e a missa final com os jovens.

Amanhã, como já fizeram João Paulo II e Bento XVI, ele percorrerá em silêncio os campos de extermínio nazista de Auschwitz e Bikernau, onde se encontrará com alguns sobreviventes.

Discurso

O papa Francisco chegou ontem à Polônia e pediu ao governo do país para se mostrar disposto a receber "aqueles que fogem da guerra e da fome", no seu primeiro discurso em Cracóvia, perante autoridades polonesas, no Castelo Real de Wawel.

Francisco ficará na cidade polonesa até o próximo domingo para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de 2016 e, em seu primeiro ato, foi ao Castelo Real para uma reunião com o presidente polonês, Andrzej Duda.

O pontífice pediu aos governantes para que evitem a emigração de seus compatriotas, mas também se abram aos refugiados. "Deve-se identificar as causas da emigração na Polônia, facilitando o retorno daqueles que desejam, mas, ao mesmo tempo, é preciso haver disposição para receber os que fogem da guerra e da fome, solidariedade com os que estão sendo privados de seus direitos universais, inclusive exercer, livremente e com segurança, sua própria fé", afirmou.

Em contraste com outros países europeus, a Polônia se nega a acolher um número elevado de refugiados vindos de regiões em crise, como Síria, Iraque e Afeganistão.

Francisco pediu aos governantes "colaborações e sinergias internacionais para encontrar soluções para os conflitos e guerras, que obrigam muitas pessoas a deixar suas famílias e sua pátria".

A figura de São João Paulo II foi a primeira citada por Francisco, ao explicar que o papa polonês foi o promotor da Jornada Mundial da Juventude e que sempre destacava a história dos povos para "ressaltar sua humanidade e espiritualidade".

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