Os raios solares são inclementes, penetram na pele e provocam grossos pingos de suor. Mas mesmo assim não conseguem intimidar os vendedores ambulantes das praias de São Luís, que fazem da areia seu local de trabalho, principalmente neste período de maior movimento na orla da capital. Aos domingos, enquanto muitos relaxam e usufruem de suas férias, eles seguem trabalhando, vendendo produtos que aliviam a fome e a sede, e até satisfazem a vaidade de muitos banhistas.
Água mineral, suco, refrigerante, cerveja, óculos de sol, chapéu, batata-frita, pastel, brinquedos... é longa a lista de produtos que são vendidos por comerciantes informais nas praias de São Luís. Longo também é o tempo em que Marileude Ribeiro trabalha na Praia do Olho d’água. “Já são 15 anos aqui todo domingo. Antes, vinha de motocicleta, mas depois que proibiram a circulação de veículos na praia passei a vir de bicicleta”, conta.
Marileude Ribeiro vende salgados na praia, principalmente pastel e bomba. Ela chega ao local por volta das 11h e só vai embora quando vende tudo, por volta das 17h. “Eu costumo trazer uns 100 salgados por domingo. Hoje [ontem], trouxe só uns 60 porque eu compro de uma padaria e faltaram alguns salgados. Mas quando trago os 100 faturo uns R$ 300,00”, informa. A vendedora cobra R$ 3,50 pelo pastel com suco ou refrigerante e tem clientela certa.
Mas Marileude Ribeiro tem muita concorrência na praia, pois os chamados “bike-lanches” se espalham pela areia na busca de clientes, mas quem preferir uma refeição um pouco mais completa pode ir à barraca de Francisco Costa, que vende churrasquinho de carne bovina, frango e linguiça acompanhado de arroz, salada, purê e farofa. O prato custa R$ 10,00. “Estamos aproveitando as férias para vender um pouco mais porque o movimento deu uma quebrada desde que a Prefeitura tirou os bares da área”, afirma.
Irregularidades
Este ano, bares que ocupavam irregularmente a faixa de areia da Praia do Olho d’Água tiveram as estruturas retiradas pela Prefeitura em uma medida de reordenamento do espaço público. Mas a medida desagradou outro ambulante, José Severo Chaves. “Sem os bares o movimento da praia caiu muito e a gente agora está vendendo bem menos”, diz. Há sete anos, ele vende água mineral, sucos, refrigerante e bebidas alcoólicas no local.
Para quem está na praia a lazer a presença dos ambulantes é bem vista. O professor José Euzébio Martins disse que o comércio informal facilita a vida. “Geralmente, eles cobram bem mais barato que os bares e restaurantes e você boas opções de alimentação, para beber e se esquecer algo casa, como óculos ou chapéu, também pode comprar bem barato em alguma banca. Então, não me incomodo com o comércio informal”, afirma.
Mais
Veja dicas para o consumo de alimentos em praias:
Primeiro verifique a temperatura dos alimentos. Alimentos gelados devem estar gelados. Os que passaram por processo de cozimento devem estar inteiramente cozidos, sem pedaços crus. Verifique o cheiro e o gosto. Na dúvida, não coma. No caso de frituras — como pastéis, churros e porções —, verifique como são armazenados os ingredientes desses alimentos e se os mesmos estão com boa aparência e odor adequados.
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