O deputado estadual Sousa Neto (Pros) reagiu ontem à informação de que o governo Flávio Dino (PCdoB) encaminhou à Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) do Maranhão pedido de abertura de inquérito já rejeitado pelo Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA) contra ele e contra a deputada Andrea Murad (PMDB) por suposta prática de crime eleitoral no pleito de 2014.
Segundo a denúncia formulada pela Polícia Civil do Maranhão, os dois parlamentares teriam recebido doações irregulares de prestadores de serviços do Governo do Estado. O TJ não recebeu o pedido do Executivo por incompetência da Polícia Judiciária para investigar os parlamentares.
Para Sousa Neto, Flávio Dino “tem como princípio maior a vingança e a perseguição possa querer o melhor para o Maranhão”.
Ele afirmou que o governador Flávio Dino tem utilizado de recursos estaduais para perseguir adversários e que o comunista está “movido unicamente por interesses pessoais” para tentar atingir os deputados que lhe fazem oposição.
“Ele não só quer atingir moralmente, ele quer calar essas vozes, mas ainda bem que o nosso estado tem um poder judiciário livre, autônomo e soberano para agir conforme as leis”, continuou.
Fazendo a leitura da decisão do Tribunal de Justiça, que afirmou que “a acusação é desprovida de mínimos indícios e com suporte em meras ilações e opiniões pessoais", o deputado estadual destacou o fato de que a mesma empresa denunciada por doar a sua campanha ainda hoje atua como fornecedora do governo, na gestão Flávio Dino.
“Minhas contas foram aprovadas, senhores, e a empresa doadora que ele [Flávio Dino] contesta foi a mesma contratada pelo atual governo por R$ 23,5 milhões. Então, quer dizer que para doar para a minha campanha não pode, mas para ser fornecedora do governo dele não tem problema?”, questionou.
Lava Jato – Em seu pronunciamento, o deputado ressaltou, ainda, que Flávio Dino recebeu em sua campanha para o Governo do Estado cerca de R$ 1,4 mil em doações de empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato e que os sócios, ao serem presos, em seus depoimentos, afirmaram que todas as doações aos governadores foram propinas.
“Quem deve explicações por suas contas durante a campanha é ele e deve explicações não só pelas doações recebidas pelas empreiteiras UTC e OAS, mas principalmente por seu 1 ano e meio de governo omisso”, comentou. Sobre isso, o chefe do Executivo maranhense já se pronunciou afirmando que todas as doações recebidas em sua campanha foram legais e declaradas à Justiça Eleitoral
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