Crise global

Conflitos e desastres desalojaram 27,8 milhões internamente, diz relatório

De acordo com agência de assistência, o número equivale às populações combinadas da cidade de Nova York, Londres, Paris e Cairo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h48

Londres - Uma grande agência de assistência afirmou ontem que 27,8 milhões de pessoas em todo o mundo foram deslocadas internamente por conflitos e desastres naturais no ano passado, caracterizando isso de crise global.

O número equivale às populações combinadas da cidade de Nova York, Londres, Paris e Cairo —ou uma média de 66 mil desalojados diários em 2015.

De acordo com o relatório do Conselho Norueguês de Refugiados (NRC, na sigla em inglês), 8,6 milhões dos deslocados internos do ano passado foram desalojados por conflito, mais da metade deles na Síria, Iêmen e Iraque.

Só o Iêmen, segundo o grupo, correspondeu a um quarto do deslocamento mundial relacionado a um conflito, com 2,2 milhões de pessoas —ou 20 vezes superior a 2014.

O empobrecido país da Península Arábica, que é palco de uma guerra confrontando rebeldes xiitas iemenitas conhecidas como houthis e seus aliados contra as forças leais ao governo apoiado internacionalmente, incluindo o de uma coalizão liderada pela Arábia Saudita com uma campanha de ataques aéreos que têm como alvo os rebeldes.

O Iêmen é seguido pela Síria, com 1,3 milhão de desalojados, e pelo Iraque, com 1,1 milhão, disse o relatório.

Refugiados

O direto do grupo no Oriente Médio, Carsten Hansen, disse que, enquanto a atenção do mundo esteve centrada nos refugiados do Oriente Médio, ou naqueles que fugiram de suas terras natais, milhões foram deslocados internamente na região.

"Enquanto países mais ricos e estáveis se prepararam para manter os requerentes de asilo fora de suas fronteiras e para negar-lhes proteção, milhões ficaram presos em seus próprios países com a morte do outro lado da esquina", disse.

O total daqueles deslocados internamente por conflito no mundo agora está em 40,8 milhões, incluindo os 8,6 milhões do ano passado. "Esse é o maior número já registrado, e o dobro do número de refugiados em todo o mundo", disse Jan Egeland, chefe do NRC.

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