Demolição

Donos de bares demolidos querem reparo de prejuízo

Eles dizem que vão montar barracas na área; bares foram demolidos na última quarta-feira, 20, em ação do Ministério Público e órgãos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h49

SÃO LUÍS - Há dois dias, uma força-tarefa que reuniu o Ministério Público do Estado do Maranhão (MP) e diversos órgãos demoliu quatro bares na Praia do Olho d’Água. Os proprietários, agora, exigem uma reparação pelo prejuízo causado a eles e falam até em montar bancas improvisadas para aproveitar o movimento na área no fim de semana.

A ação contou com a participação da Prefeitura de São Luís, Superintendência de Patrimônio da União (SPU), as Polícias Militar (PM) e Civil e Corpo de Bombeiros. Foram derrubados por um trator os bares Olho d’Água, Real, Zé do Forró e Caranguejo. A ação começou por volta das 9h e durou até as 13h e foi acompanhada de perto por policiais para evitar tumultos.

Ontem, um dia após a demolição, os comerciantes ainda avaliavam os prejuízos e tentavam salvar alguns materiais que sobraram após a derrubada. De acordo com eles, os órgãos que encabeçaram a ação terão de indenizá-los, pois os mesmos ficaram sem nenhuma fonte de renda.

Antônio Raimundo Moura Filho é o dono de um dos bares demolidos. Ela lembra que trabalhava no local há 26 anos e tinha o bar como a única fonte de renda da família. Com a demolição do mesmo, ele não sabe o que irá fazer para sustentar a mulher e os filhos.

A única alternativa que o comerciante diz ter encontrado até o momento foi montar uma banca improvisada na mesma praia para aproveitar o maior movimento que a praia deve receber no feriado. “Quem mandou demolir meu bar vai ter que pagar meu prejuízo porque eu não vou ficar assim. Eu estava trabalhando para ganhar meu dinheiro honestamente. Terão que me pagar”, afirmou Antônio Raimundo Moura Filho.

A demolição dos cinco bares foi referente a apenas uma etapa da ação. Na próxima semana, os proprietários de outros três bares serão notificados e terão prazo de 72 horas para deixarem a área. Depois disso, as construções deverão ser demolidas.

Ação
De acordo com o MP, os estabelecimentos estão na mira da Justiça desde 2009 por causa dos altos índices de criminalidade na área. No dia 10, um homem foi morto a pauladas no Caranguejo Bar. Segundo informações da polícia, o homicídio de Fernando Gomes de Lima, 23 anos, foi motivado por brigas de facções criminosas.

Segundo a Blitz Urbana, a demolição seguiu uma recomendação do MP após a notificação dos proprietários. A operação já estava prevista, mas foi antecipada por causa do homicídio ocorrido na área dos bares. No dia 1º de abril, a Blitz Urbana já havia executado uma operação de retirada de bares instalados de forma irregular semelhante, mas em área verde do Parque Shalom.

Na ocasião, foi alegado que não havia permissão para realizar eventos sem autorização de nenhum órgão competente. A operação segue recomendação do Ministério Público e da população, e prosseguirá com a retirada de outros bares.

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