Opinião

São Luís dos nossos sonhos

opinião

Atualizada em 11/10/2022 às 12h49

Não é de hoje que quem chega a São Luís por via terrestre se desilude logo na entrada da cidade. São casebres à beira da rodovia e barracas improvisadas para venda de camarão e farinha. Duas pontes, uma mais baixa do que a outra, completavam o cenário nada bonito da chegada na Ilha dos Amores. Nos últimos meses, porém, a situação da entrada da capital do Maranhão conseguiu ficar pior, com os muitos buracos que ocupam vários trechos da área urbana da BR-135, nos primeiros quilômetros dentro da Ilha.

São muitos, causam extensos congestionamentos e enfeiam mais ainda a entrada da cidade. Há quem reclame dos buracos na BR-135 desde antes da chegada à capital. Sem manutenção e com a pavimentação sofrível, a rodovia está repleta de problemas.

Em São Luís, um dos principais trechos onde os buracos causam transtornos fica no Km-15, nas proximidades do Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Ali, segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), um problema sanitário na unidade prisional estaria ocasionando os danos à pavimentação asfáltica. A questão foi alvo de Ação Civil Pública, impetrada pelo Ministério Público Federal (MPF), e a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) teria se prontificado em realizar o trabalho de desobstrução da tubulação de esgoto, “que tem levado à degradação da estrutura do pavimento”.

Diante de muitas reclamações sobre a situação da rodovia federal, a única via de acesso à capital do Maranhão, o Dnit iniciou reparos de emergência para dar fluidez ao tráfego de veículos, o que não adiantou muito por causa das chuvas constantes, que comprometem os trabalhos e consequentemente a qualidade dos serviços realizados naquela via. A previsão do órgão competentes é de que, mesmo com os contratempos, as obras devem ser finalizadas em até 60 dias.

Mas os estragos ao longo da BR-135, em São Luís, não se restringem às proximidades de Pedrinhas. Outros trechos também estão comprometidos e os buracos causam prejuízos para motoristas.

No início deste mês, depois de uma chuva forte, parte da via cedeu, nas proximidades da localidade denominada Funil, no Km-2 da rodovia, deixando uma faixa sem condições de trafegabilidade. O trecho foi interditado e colocados sacos com concreto na lateral da pista para evitar deslizamentos. O fluxo de veículos no local ficou mais lento.

Com a buraqueira, além de feia, a entrada de São Luís se tornou muito perigosa. Foi por causa dos buracos ao longo da BR-135, no Km-15, em São Luís, que a bailarina Ana Lúcia Duarte Silva foi assassinada, no dia 26 de março. Ela precisou reduzir drasticamente a velocidade de seu veículo para passar em um trecho esburacado da rodovia federal.

Há necessidade urgente de que sejam tomadas medidas reais e não apenas paliativas, para solucionar essa questão e dar à Ilha do Amor o cenário que ela merece e atenda a quem chega à cidade.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.