Lula virou inimigo de Lula

Atualizada em 11/10/2022 às 12h50

Há muito tempo virou piada no Congresso que o PT é o maior adversário do próprio PT e do governo Dilma. Depois da divulgação das escutas telefônicas do ex-presidente, a capacidade de cumprir sua missão de articulador político ficou comprometida. Um ex-ministro de Lula pergunta: “Como ele vai ser tratado pelo PMDB, pelo vice Michel Temer e seu maior aliado, Renan Calheiros?”.

O STF e o foro especial
O ministro Gilmar Mendes (STF), a partir do caso Lula, passou a questionar o foro especial. Cada caso é um caso. Mas, ao relatar (2005) Adin do PSDB e do PFL (DEM), aprovou o status de ministro para o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. A decisão foi do então presidente Lula para proteger Meirelles de ações judiciais. “A prerrogativa de foro é uma proteção ao cargo e não ao seu titular”, alegou no voto vencedor. Antigos colegas de Gilmar citam caso semelhante: quando ele ocupava a Advocacia Geral da União (2001) e ganhou status de ministro, em MP do ex-presidente FH. No caso, também para protegê-lo de ações judiciais.

Dilma: ‘Vai esperando, vai’
A presidente Dilma andava de bicicleta ontem cedo, numa área de apart-hotéis próxima ao Alvorada. Foi identificada por dois hóspedes, que gritaram: “Renuncia, Dilma! Renuncia, Dilma!”. Ela não pestanejou: “Vai esperando, vai”.

A fotógrafa
As manifestações rolavam na frente do Planalto. O ex-presidente Lula acabara de ser empossado. E a presidente da CEF, Miriam Belchior, tirava fotos e produzia vídeos com seu celular, durante os cumprimentos a Lula. Lá pelas tantas, disse para um petista que estava produzindo aquelas imagens para mandar para os manifestantes na praça.

Fora do barco
Para presidir a comissão do impeachment, José Priante pediu apoio a outros peemedebistas. Os três da ala da oposição disseram que está “carimbado na testa” que ele é “pró-governo”. Frustrado, Priante preferiu deixar a comissão.

Batendo cabeça
A Rede tem cinco deputados, mas já está dividida. Primeiro, Miro Teixeira usou o microfone para dizer que na Rede estão se criando “condições para apoiar o impeachment”. O líder Alessandro Molon, ex-petista, correu, nos minutos seguintes, para dizer que não era bem assim. “Não há consenso ainda. Há contrários e favoráveis”.

Conspiração
A oposição suspeita que a Abin está fazendo um pente-fino na vida de integrantes do Ministério Público que trabalham em sinergia com o juiz Sérgio Moro, e de deputados de oposição.

Na convenção
Um aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, contesta informação de que ficou isolado na sala vip da convenção do PMDB. Lembra que entrou no plenário de braços dados com o vice Michel Temer, reeleito para a presidência da sigla.

NA MADRUGADA, Cunha e a oposição se divertiram com o trecho do grampo em que o prefeito do Rio, Eduardo Paes, diz que Lula tem “alma de pobre”.

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