PT: a caminho da divisão

Atualizada em 11/10/2022 às 12h50

São vários os indícios de que a crise vai rachar o PT. As saídas da crise econômica criaram um fosso com o governo Dilma. A ética dá fôlego à tese da refundação, de Tarso Genro. A divisão faz parte da história petista, que comemora 36 anos. Mas nunca o joio e o trigo foram divisor de águas. O poder catalisador de Lula manteve a sigla unida. A Lava-Jato corrói sua autoridade na opinião pública e, também, entre os petistas.

Cunha na telinha do PMDB
O PMDB quer sacudir a poeira, não só a de Dilma e do PT. Ministros e governadores da sigla foram excluídos da telinha. Mas foi generoso com Eduardo Cunha, que deu o recado: “O que vale para um, vale para todos”. Na TV, o presidente da sigla, Michel Temer, passou a mão na cabeça do presidente do Senado, Renan Calheiros, e ouviram-se loas à “Agenda Brasil”, obscurecida pelo documento “Uma ponte para o futuro”. Sobre um impedimento da presidente Dilma, um importante dirigente diz que o partido “está na espreita”. Vai aguardar os fatos, onde quadros do PMDB estão metidos. Por isso, avisa que não haverá deliberação sobre rompimento no Congresso que o partido realizará em março.

PMDB, a luta continua
Depois da escolha do líder, nova queda de braço será travada no PMDB. Desta vez, pelo comando da Comissão de Constituição e Justiça. O candidato do líder Leonardo Picciani é Rodrigo Pacheco. Os dissidentes vão lançar Osmar Serraglio.

Blindagem tucana
Tucanos se dividiram no voto em separado na CPI do BNDES. O deputado Alexandre Baldy (PSDB) pediu o indiciamento do ex-presidente Lula e de mais quatro pessoas. Na lista, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho (foto). Nos bastidores, porém, colegas, como o novo líder da minoria, Miguel Haddad, pressionaram Baldy a não citar Coutinho.

Bate-bola
O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) e o senador Aloysio Nunes (PSDB) se encontraram ontem na posse do ministro Ives Gandra Martins Filho na presidência do TST. Trocaram abraço efusivo e conversaram protegidos pela palma da mão.

Governistas pressionados
O acordo para que o ex-ministro Aguinaldo Ribeiro fosse eleito líder do PP teve o aval da ala de oposição. Com isso, ela terá direito a alguns espaços. A bancada tem 40. Os dissidentes, 15. Alguns deles ameaçavam deixar o partido. A janela para o troca-troca já está aberta.

Nova correlação de forças
Com apenas 4 senadores, o PDT pode perder a presidência da Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado. Um dos candidatos a assumir é o bloco PSD-PP, que tem 9 senadores. Presidente da Casa, Renan Calheiros, prometeu abrir espaços ao bloco.

Rasgando seda
Aliado do prefeito Eduardo Paes, o presidente do PDT, Carlos Lupi, elogia o PMDB por cumprir compromissos. Hoje será reinaugurada a fábrica de escolas Leonel Brizola, na Maré, e entregues à comunidade escolas em tempo integral.

O MINISTRO Gilberto Occhi (Integração) fará cirurgia de câncer na próstata na terça-feira. Ele vai se afastar no dia anterior e ficará 15 dias de licença.

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