O PMDB se coloca no centro

Atualizada em 11/10/2022 às 12h50

O PMDB não poupa o governo nem o PT, no programa de TV que vai hoje ao ar. Critica os erros da gestão Dilma, os desvios de conduta e as práticas que afundaram a imagem da Petrobras. Um tom de oposição. Mas ele não prega nenhum rompimento. Defende a pacificação, o diálogo, a unidade e a construção de um grande consenso para tirar o Brasil da crise. Isso atende ao Planalto.

O posicionamento peemedebista
Nem os aliados conseguem defender o governo. O conjunto da obra fará o PSDB dizer que o PMDB ruma para a oposição. Mas não é usado na TV o bordão tucano: “Estamos cansados”. O vice Michel Temer orientou os produtores: “A hora é de construir pontes e não de erguer muros”. No debate prévio, se concluiu que sair do governo divide a sigla. E que não dá para romper com o PT sem deixar o governo. Com o tom crítico, o PMDB mira nas eleições de outubro. É uma tentativa de descolar o partido da rejeição ao governo Dilma. Quer construir condições para eleger o maior número de prefeitos e vereadores. Essa será sua base para viabilizar um candidato competitivo para disputar as eleições presidenciais de 2018.

Depois de tanto apanhar
Uma autocrítica será anunciada pelo PMDB, hoje à noite na TV. O programa Temer II pretende mostrar que a sigla não engavetou os programas sociais. O anterior, “Uma ponte para o futuro”, privilegia medidas fiscais de corte de gastos.

Candidata
Nos próximos seis meses, o secretário-geral da ONU, Ban-Ki-moon, vai escolher o novo subsecretário da ONU para o clima. Uma das candidatas é a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Seu nome está na lista tríplice, montada na Conferência do Clima. Os outros candidatos são Dessima Williams, de Granada; e Manuel Pulgar Vidal, do Peru.

Rumo ao dia 13
O presidente do PSDB, Aécio Neves, foi cobrado ontem pelo deputado tucano Samuel Moreira (SP): “Espero ver o senhor nas ruas. Perdemos o timing do impeachment”. Aécio respondeu que o PSDB não estava parado: “O Brasil está parado”.

Cena da vida real
A Câmara acata sem tergiversar as decisões do STF. A formação da comissão do impeachment está parada por isso. Mas o órgão assessor do Congresso, o TCU, quer driblar o STF. Excluído da negociação dos acordos de leniência, ameaça declarar inidôneas as empresas que fizerem acordo. O TCU ficou maior que o Congresso.

Novo líder
Depois de duas semanas batendo cabeça, o PP definiu ontem seu novo líder na Câmara. O escolhido, por acordo, foi o ex-líder e ex-ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro.

Mais um nanico
Deputados articulam a criação do Partido Republicano Cristão, definido como uma legenda conservadora. Dizem que a sigla já está consolidada em nove estados. Eles pretendem entregar o pedido de criação ao TSE até junho.

RECADO. Um dos deputados do PMDB reafirmará no programa de TV que o partido é contrário ao aumento de impostos, como a CPMF.

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