O deputado estadual Adriano Sarney (PV) conseguiu, sozinho, tirar do sério as principais lideranças governistas na semana passada.
O motivo foi uma proposta simples: com base em declarações de militantes dos direitos humanos no Maranhão – que acusaram o Governo do Estado de haver firmado um acordo com facções pela paz em Pedrinhas –, ele sugeriu que se abrisse uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis crimes de corrupção dentro do sistema penitenciário estadual.
O governo agitou-se e “respondeu” por meio de figuras já conhecidas, uma delas o seu líder na Assembleia Legislativa, deputado Rogério Cafeteira (PSC), que afirmou ser a proposta do oposicionista um “tiro no pé”, uma vez que investigação desse porte acabaria por abarcar, também a gestão passada.
Pensavam os governistas que, assim, o fariam recuar. Mas Adriano Sarney manteve-se firme e desmontou o discurso do Palácio dos Leões.
- Apoio CPI de Pedrinhas, hoje e ontem. Por que não? Se a CPI de Pedrinhas envolver também o ano de 2014, vamos finalmente descobrir quem estava por trás das rebeliões - rebateu.
E os governistas emudeceram.
Pelo visto, o assunto deve ser pauta no reinício dos trabalhos no Legislativo.

Visita
O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva e dona Marisa visitaram ontem o ex-presidente José Sarney, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Durante a visita Lula conversou demoradamente com Sarney, que se recupera de cirurgia a que se submeteu no final de semana passado.
Sarney havia fraturado um braço, em São Luís, depois foi internado no Hospital UDI e a seguir transferido para o Sírio-Libanês.

Pode ou não pode?
A proximidade do período das convenções partidárias reacendeu em alguns colégios eleitorais o debate sobre as elegibilidade de alguns pré-candidatos.
Em Ribamar, adversários do ex-prefeito Julinho Matos (PMDB) garantem que ele não pode ser candidato porque teve contas rejeitadas quando administrou uma maternidade estadual.
O peemedebista, contudo, diz contar com uma decisão judicial que lhe favorece, permitindo, assim, a candidatura.

Pode ou não pode? II
Caso parecido vem de Paço do Lumiar. Lá, o também peemedebista Gilberto Aroso já externou a pretensão de tentar retornar à Prefeitura.
Mas seus adversários dizem que ele não pode sequer concorrer, por haver sido condenado, no caso mais recente, em agosto de 2014.
O pré-candidato, no entanto, anda com uma certidão para “fins eleitorais” debaixo do braço. Segundo o documento, não consta contra Aroso condenação que o impeça de ser candidato.

Não agradou
O deputado Cabo Campos (PP) foi bastante criticado por militares depois de propor um Projeto de Lei para a criação do “Dia do Torcedor do Moto Club”.
Os críticos alegam que ele foi eleito com o voto maciço da PM e exigem ações em prol da corporação.
Apesar de dizer que aceita as críticas, o parlamentar manteve-se firme quanto ao projeto: “Valorizar o esporte é uma forma de melhorar nossa sociedade”, declarou.

Caos
O deputado estadual Sousa Neto (PTN) manifestou-se no fim da semana passada sobre o atual momento da Segurança Pública no Maranhão.
Em postagem na sua página no Facebook, ele criticou o que classificou de perseguição a lideranças dos militares e disparou:
- O governador [Flávio Dino] e seu secretário [Jefferson Portela] insistem em esconder: a segurança está um caos - escreveu.

Pressão
Após o aumento vertiginoso dos casos de assaltos a ônibus na Região Metropolitana de São Luís em 2015, o Sindicato dos Rodoviários resolveu pressionar o Governo do Estado.
Primeiro publicou um levantamento completo confirmando que a escalada da violência no transporte público da capital e adjacências.
E agora, diante de crimes que vitimaram motoristas, anunciam que podem parar o sistema se não houver pronta resposta da Segurança Pública.

Queixa
Proprietários de autoescolas reclamam de atrasos no pagamento devido pelo Governo do Estado pela participação das empresas no CNH Jovem.
O programa concede carteiras de habilitação de graça a estudantes da rede estadual. Assim, as autoescolas não cobram dos alunos, mas recebem um subsídio do governo
O valor, apontam os empresários, é mais baixo que o de mercado e os repasses ainda estão atrasados. - Estamos tirando dos cofres da empresa para cobrir – diz um deles.

E MAIS

• O vereador Fábio Câmara (PMDB) foi duramente criticado por não comparecer à audiência sobre a licitação do transporte público da capital.

• O prefeito Sebastião Madeira terá papel fundamental na definição do xadrez sucessório em Imperatriz.

• Durou apenas dois meses a nova aventura do empresário Alessandro Martins no ramo de automóveis do Maranhão.

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