Camara Federal

Eduardo Cunha não vincula pesquisa a impeachment

Presidente da Câmara diz que crescimento de um ponto percentual na aprovação do governo Dilma não pode ser levada em conta no debate

Marco D''Eça

Atualizada em 11/10/2022 às 12h53
(Eduardo Cunha)

Brasília - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse ontem que o resultado da pesquisa encomendada pela Confederação Na­­cional do Transporte (CNT) ao instituto MDA, apontando melhora de um ponto percentual na avaliação do governo (subiu de 7,7%, em julho, para 8,8%, em outubro) não pode ser tratada como questão para análise do pedido de impeachment e não vai interferir em sua decisão.

“Não se pode misturar. A popularidade ou impopularidade não pode ser motivo nem tem de evitar a abertura de um processo”.
Cunha, que tem adotado tom cauteloso para falar sobre a petição dos partidos que defendem o impeachment da presidente Dilma Rousseff, afirmou que não tratou do tema na manhã de ontem. Ele confirmou que um posicionamento sobre o pedido deve ser anunciado no próximo mês.

“Impeachment tem de ser tratado objetivamente, em função da responsabilidade, do descumprimento da lei e da Constituição. Caso contrário, vira somente uma questão política”.

Pressões - A pesquisa do MDA mostrou também que 70% dos entrevistados reprovam o governo. Na pesquisa anterior, o percentual alcançou 70,9%. Cunha admitiu que as pressões políticas tendem a aumentar com a manutenção do nível de aprovação abaixo dos 10%, mas sinalizou que sua decisão não será impactada por isso.

Eduardo Cunha acrescentou que a impopularidade “e sua consequente crise econômica” afeta diretamente a governabilidade, já que, com níveis de aprovação mais altos, o governo teria mais facilidade para “colocar suas matérias em votação e vencê-la”.

Segundo ele, a Câmara tem dado sinais claros de que quer colaborar para “desanuviar o ambiente econômico ruim”. O deputado citou o projeto elaborado por deputados que trata da securitização da dívida da União. “É papel da Câmara tentar resolver os problemas iminentes que possam existir. Não é aumentar a governabilidade. É poder dar condições de apreciar matérias que possam ter como resultado final a melhoria do ambiente. É o que estamos tentando fazer”, afirmou.

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