Greve

UFMA e Sind-UFMA divulgam notas condenando intransigência da Apruma

Entidades divergem a respeito de quem seria o legítimo representante dos professores dentro da universidade; Apruma rebate acusações e diz que entrará na Justiça

Atualizada em 11/10/2022 às 12h54

Por meio de nota divulgada na semana passada, o Sindicato dos Professores da Universidade Federal do Maranhão (Sind-UFMA) rebateu afirmações feitas pela Associação de Professores da UFMA (Apruma) de que a entidade não representa os docentes da instituição. O sindicato criticou ainda o fato da Apruma continuar com a greve dentro da universidade, iniciada no mês der junho.

As duas entidades divergem a respeito de quem seria o legítimo representante dos professores dentro da universidade. A situação teve o seu ápice na semana passada, quando o Sind-UFMA realizou uma assembleia geral confirmando o resultado de plebiscito realizado pela categoria, na qual a maioria dos professores voltou pelo fim da greve, que já durava mais de 100 dias. A Apruma, por sua vez, criticou a decisão e informou que a paralisação dos docentes continua.

O Sind-UFMA divulgou uma nota em que dizia ser o verdadeiro representante dos docentes da universidade e que não possui atrelamento com políticos, empresas, partidos ou qualquer outra instituição. Afirmou também que possui registro sindical e que a Apruma não tem carta sindical e não se constitui como sindicato, mas, na verdade, como “seção” de um sindicato nacional.

A universidade também se posicionou ontem a respeito dessa situação. De acordo com a instituição, a Apruma “agride, de forma leviana, grosseira e irresponsável, centenas de professores que de forma autônoma e livremente, decidiram constituir um Sindicato que os representasse, de fato e de direito”.

A UFMA informou também ontem, por meio de nota divulgada em seu site, que, “ao afirmar publicamente que o Sind-UFMA é o ‘sindicato do reitor’, que ‘não possui qualquer expressão política nem carta sindical’, a Apruma revela-se ressentida com o fato de a pluralidade de ideias e ações sobrepor-se ao desejo de seus dirigentes de monopolizar as falas e as vontades dos docentes da Universidade Federal do Maranhão”.

Justiça - Em contato na tarde de ontem com O Estado, o presidente da Apruma, professor Antônio Gonçalves, rebateu as acusados feitas pela Sind-UFMA e própria UFMA. Ela afirmou também que a associação já está buscando os meios jurídicos para reparar os danos sofridos pela associação.

“Nunca antes na história a liberdade dos professores foi tão atacada como está acontecendo agora”, disse o professor Antônio Gonçalves. Ele afirmou ainda que a reunião que seria realizada ontem no Ministério da Educação (MEC) foi transferida para amanhã em virtude da posse do novo titular da pasta, Aloizio Mercadante. Também amanhã, durante a tarde, a categoria vai se reunir em assembleia geral para decidir os rumos da paralisação dos docentes.

Segundo o presidente da Apruma, os professores querem, principalmente, além do reajuste salarial, a reestruturação da carreira docente, o combate a precarização do trabalho, e a autonomia para as universidades federais.

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