Serra Leoa - Milhares de africanos do oeste continental que foram infectados pelo vírus do ebola mas sobreviveram estão sofrendo de males crônicos, como dores agudas nas juntas e inflamação ocular que pode levar à cegueira, disseram especialistas de saúde ontem.
Os sobreviventes do ebola que resistiram aos surtos mais severos da doença são os que têm mais chances de sofrer problemas médicos constantes, alertaram especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS), e sua saúde está se tornando “uma emergência dentro de uma emergência”.
“O mundo nunca viu um número tão grande de sobreviventes de uma epidemia de ebola”, disse Anders Nordstrom, representante da OMS em Serra Leoa que participou de uma conferência de cinco dias sobre sobreviventes do ebola nesta semana.
“Temos 13 mil sobreviventes nos três países (mais afetados, Guiné, Libéria e Serra Leoa). Isso é novo – tanto do ponto de vista médico quanto social”, disse ele aos repórteres em uma teleconferência.
Daniel Bausch, da equipe de cuidados clínicos da OMS para sobreviventes do ebola, afirmou que cerca de metade de todos aqueles que derrotaram o vírus agora se queixam de dores nas juntas, e alguns têm sequelas tão graves que não conseguem trabalhar.
Problemas oculares como inflamação, visão prejudicada e – em casos graves mas raros – cegueira foram relatados por cerca de 25 por cento dos sobreviventes, segundo Bausch.
Saiba Mais
- Lúpus, autoimune e com muitos impactos à saúde
- Coronavírus: novo projeto sobre quarentena deve sair na próxima semana
- Coronavírus: governo envia PL com regras para repatriar brasileiros
- Brasil terá 625 mil novos casos de câncer por ano até 2022, diz Inca
- EUA negará a entrada de estrangeiros que estiveram na China nos últimos 14 dias
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.