Que compensação!
Flávio Dino decidiu extinguir o Viva Luz para direcionar recursos ao Mais Bolsa Família, uma promessa de campanha. Mas o eleitor não sabia que o cumprimento da promessa significaria o fim de um programa que beneficiava mais de 164 mil famílias.
Justificativa do governo estadual para o fim do programa Viva Luz é, no mínimo, estranha. Além de dizer que as famílias incluídas no programa social estadual serão assistidas pelo Tarifa Social do Governo Federal, o que não é verdade, porque somente entram no programa federal quem faz parte do Cadastro Único (CadÚnico) e que recebe o Bolsa Família, o governo anuncia que os valores - cerca de R$ 25 milhões - antes direcionados para o Viva Luz vão para um fundo e depois serão usados para o programa Mais Bolsa Escola.
Então, o que o governador Flávio Dino (PCdoB) decidiu fazer foi extinguir um programa que atendia mais de 164 mil famílias no Maranhão inteiro simplesmente para cumprir uma promessa de campanha? E pior: fez sem estabelecer qualquer diálogo com a sociedade. Nem avisou - antes da eleição - os beneficiados que o programa seria extinto.
Os consumidores ficaram sabendo da decisão do governador do Diálogos pelo Maranhão (movimento feito durante a campanha do comunista) por meio da Cemar, que enviou as contas aos consumidores.
Ao que parece, o certo seria manter um programa social que vinha beneficiando milhares de famílias e, se tem outra proposta para atender pessoas de baixa renda, que fizesse conforme o prometido, sem prejudicar ninguém.
Mas como o decreto para o fim do Viva Luz foi editado mês passado, fica claro que o governador não tinha a noção de onde deveria sair o dinheiro para o programa social prometido por ele durante a campanha. Ou teria?
Flávio Dino fez uma espécie de compensação, já reprovada até por aliados na Assembleia Legislativa, cujo resultado pode não ser o melhor para milhares de famílias.
Por enquanto, não há quaisquer dados que apontem quantas e quais as famílias serão beneficiadas pelo programa Mais Bolsa Escola, que como o próprio nome mostra, será direcionado para famílias com filhos em idade escolar.
Quem é de baixa renda e não tiver filhos em idade escolar não terá acesso ao programa do atual governo e ainda terá de pagar suas contas de energia mensalmente. Resta saber como essas famílias conseguirão fazer isso.
Segurança
Não há dúvida de que é o setor de Segurança Pública é o de maior fracasso do governo Flávio Dino (PCdoB).
O Governo do Estado tem se mostrado incapaz de reagir à escalada da violência, de apresentar soluções à sociedade e contornar o medo instalado no estado.
E foi justamente o setor mais explorado por Dino e aliados durante a campanha eleitoral em 2014.
Sem segurança
Em discurso na Câmara dos Deputados, o deputado federal Hildo Rocha (PMDB) externou sua preocupação com a segurança pública do Maranhão.
Ele destacou o caso da “chacina de Panaquatira”, que resultou na morte de quatro pessoas, entre elas o policial militar Max Max Miller Carvalho e cobrou ações mais enérgicas do Governo do Estado.
- Se o governador está tendo dificuldades no combate à violência, saiba que aqui existe uma bancada no Maranhão à disposição para ajudar. Se for preciso, podemos pedir apoio do governo federal. O que não pode é ficar do jeito que está – pontuou.
Destaque
De destaque mesmo na atual gestão somente a atuação do Procon, principalmente, em áreas conhecidas por desrespeitar o consumidor.
Duarte Júnior, que comanda o órgão, tem tido ações reais que influenciam na vida da sociedade.
As demais áreas ainda engatinham ou simplesmente estão paradas, como é o caso da Educação e da Saúde.
Sem VLT
O prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) provavelmente chegará ao seu quarto ano de mandato sem conseguir dar uma solução viável ao VLT.
O veículo foi deixado em fase de instalação pelo ex-prefeito João Castelo (PSDB). Edivaldo prometeu estender a linha para a área Itaqui-Bacanga, mas não o fez.
Instalou uma comissão para analisar a sua viabilidade e também buscar recursos para construir os trilhos. Mas até agora nada saiu do papel.
Medo
Na verdade, Edivaldo Júnior até tentou se livrar do peso deixado por Castelo e seu projeto eleitoreiro de última hora.
O problema é que o prefeito de São Luís deixou de seguir os técnicos que apontaram ser inviável o VLT e entrou na política parecida com do seu antecessor.
Com medo da repercussão negativa sobre o fim do VLT, Edivaldo Júnior preferiu manter a história a bancar o fim de um projeto que já começou falido.
Espetou
O deputado Adriano Sarney (PV) deixou sem palavras, na última terça-feira, na Assembleia Legislativa, o deputado Eduardo Braide (PMN).
Braide se posicionou contrário à proposta de intervenção na Segurança do Estado.
Confrontado por Adriano a manter uma postura “coerente”, uma vez que em 2014, já sob a articulação de Flávio Dino, votou favorável a um pedido semelhante de Bira do Pindaré (PSB), Braide silenciou.
Fogo amigo
O secretário de Segurança, Jefferson Portela, na vontade de justificar a violência atacando a gestão passada, acabou atingindo também um colega do PCdoB.
O gestor esqueceu que Raimundo Cutrim comandou a Segurança em quase todos os governos de Roseana Sarney.
Se Portela diz que as causas dos problemas atuais são as gestões passadas da peemedebista, ele culpa o colega de partido, hoje deputado estadual.
Fica ou não fica
Denunciado pelo Ministério Público e com bens bloqueados pela Justiça, o prefeito de Pedreiras, Totonho Chicote (PRB), pode ser afastado do cargo nos próximos dias.
Ele responde a três ações na Justiça estadual. Na primeira, o juiz Marco Adriano Ramos Fonseca determinou o bloqueio de R$ 4,8 milhões.
Mas deixou para apreciar após um pedido de informações, a possibilidade de afastamento do prefeito.
Culpa de quem
Repercutiu muito mal entre a corporação a declaração do secretário de Segurança, Jefferson Portela, praticamente culpando o PM Max Miller pela chacina de Panaquatira.
Segundo o titular da SSP, os bandidos só mataram o militar e mais duas pessoas porque Miller atirou contra eles.
Em outras palavras, Portela defende que PM deveria assistir à toda a ação criminosa sem qualquer reação.
Regularização
O deputado Max Barros (PMDB) fez nesta semana uma visita ao presidente do Tribunal Regional Federal (TRF-1), o maranhense Cândido Ribeiro, em Brasília.
Na ocasião, solicitou a votação de ação popular de sua autoria que garante a regularização fundiária de diversos bairros em São Luís.
Max Barros, que há anos luta pela regularização dessas áreas, já conseguiu ganhar em todas as instâncias, mas a União tem recorrido.
E mais
O deputado Aluisio Mendes presidiu ontem a reunião da comissão especial que discute na Câmara Federal o projeto de redução da maioridade penal.
A convocação de policiais militares do interior para reforçar o policiamento em São Luís foi criticada ontem pelo deputado Sousa Neto.
O PDT se articula para tentar voltar a ocupar lugar de destaque no comando do município de São Luís.
Os vereadores Astro de Ogum, Fábio Câmara e Rose Sales receberam prêmio de entidade nacional como os vereadores mais atuantes em São Luís.
A base do prefeito Edivaldo Júnior na Câmara Municipal está cada vez mais fragilizada. Vereadores reclamam de falta de compromisso do gestor.
Saiba Mais
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