Caso de Panaquatira

Caseira da casa de praia onde ocorreu tragédia é investigada

Polícia desconfia que mulher possa ter ligação com os criminosos e passado informações sobre a festa; durante a tentativa de assalto, um PM, mais dois amigos e um bandido foram mortos; criminosos já estariam identificados

Ismael Araujo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h58

A polícia acredita que a caseira da residência onde ocorreu o tiroteio que vitimou quatro pessoas e ainda deixou cinco gravemente feridas, na noite de sábado, 23, na praia de Ponta Verde, em Panaquatira, pode ter ligação com os autores do crime. Entre os mortos estavam o soldado da Polícia Militar, Max Miller Rodrigues Carvalho, de 27 anos, o promotor de eventos Alexsandro Vieira de Carvalho, o Cachorrão, de 36 anos, e a estudante Ananda Brasil Meireles, de 20 anos. Durante o confronto com o militar, morreu no local o assaltante Valbenilson Santos Lobato, o Pezão, de 19 anos. Horas mais tarde, uma guarnição da PM localizou um dos envolvidos no crime, na Vila Alcione, Jozinaldo Aires da Costa, o Nal da Panaquatira, de 27 anos, que também foi morto.

O delegado geral da Polícia Civil, Augusto Barros, informou que o caso está sendo investigado pela equipe da Delegacia de Homicídios, que tem como delegado titular Jeffrey Furtado, e com apoio do Serviço de Inteligência da Polícia Militar (PM). Uma das linhas de investigação é o crime de latrocínio, pois os criminosos levaram a arma do militar, uma pistola ponto 40, dinheiro e celulares das vítimas.

Augusto informou que a polícia está investigando a caseira da residência, pois existe uma possibilidade de ela ter dado informações sobre as vítimas. A polícia já conseguiu identificar todos os envolvidos no assalto, contando com a colaboração de um dos integrantes do bando, um adolescente, de 16 anos, apreendido no domingo.

O adolescente foi apreendido quando estava no velório de Pezão, no bairro Olho d’Água. Alguns objetos roubados, como perfume, carteiras, bolsas e documentos pessoais foram recuperados. O adolescente foi ouvido pelo delegado Maurício Matos, na sede da Delegacia de Homicídios, no Centro. Os outros envolvidos, segundo o delegado, são conhecidos da polícia, identificados penas como Marinaldo, Piolho, Coreano, Bode e Dentinho. Dois desses assaltantes são moradores do Coroadinho e o restante reside na cidade de São José de Ribamar.

Já o sub-comandante da PM, coronel Raimundo Sá, falou que as guarnições da corporação e os homens do Serviço de Inteligência continuam fazendo as buscas por toda a Região Metropolitana de São Luís para prender o bando. Ele ainda frisou que com a identificação desses quadrilheiros é uma questão de dias para efetuar a prisão.

Execução - “Quando os criminosos constataram que o líder do bando tinha sido morto, começaram, então a atirar contra as pessoas que estavam na casa”, afirmou o secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela. Ele disse que o sistema de segurança já solicitou aos seus policiais a não exporem as suas vidas ou de cidadãos de bem, pois, numa situação de risco é melhor recuar para que logo em seguida, com reforço policial enfrentar os criminosos.

Portela falou também que os criminosos anunciaram o assalto e o policial reagiu baleando o líder Pezão. Após a morte desse assaltante, o restante do bando começou a efetuar disparos contra as outras vítimas que resultou na morte de Alexsandro Vieira e Ananda Brasil. Já Jozinaldo Aires morreu durante o confronto com uma guarnição, na Vila Alcione, em Panaquatira.

Enterro - Na manhã de ontem, parentes e amigos participaram do enterro dp corpo do soldado Max Miller, no cemitério Jardim da Paz, na Estrada de Ribamar. A mãe dele, Cássia Regina Miranda, de 50 anos, fortemente abalada declarou que seu filho morreu não pelo fato dele ser militar, mas pela fragilidade da Justiça. “A polícia prende os criminosos que ficam pouco tempo na cadeia”, desabafou.

Já o comandante do 6º Batalhão, tenente-coronel Aritanã Lisboa, disse que Max Miller era um militar que cumpria com a sua missão de defender a sociedade de bem e, no entanto, foi morto pelas mãos de criminosos.

Antes do corpo do soldado ser enterrado ocorreu a salva de tiros feita pelos homens do Batalhão de Choque e, logo após, cantaram a canção da PM. Já a vítima Ananda Brasil foi enterrada no cemitério do município de Lago da Pedra, e Alexsandro Vieira também ocorreu ontem.

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