Era sexta-feira. A última deste ano antes da vigência do horário de verão. Icasa e Oeste de Itápolis jogavam pela Série B do Campeonato Brasileiro. O duelo ocorreu lá pelas bandas do estado Ceará, berço de notáveis, assim como o nosso Maranhão.
Ora, Icasa e Oeste fazem péssimas campanhas pela Segunda Divisão do Nacional. O primeiro está na zona de rebaixamento, pensando com muita preocupação na Série C, da qual talvez não escape, ao término da 39ª e derradeira rodada do certame.
O mesmo vale para o time do interior de São Paulo. O Oeste é o primeiro fora do z-4, e seu próximo duelo será em casa, contra o América de Minas - que recentemente bancou o ioiô. Por causa de uma decisão da Justiça Desportiva, perdeu um milhão de pontos e foi parar entre os quatro últimos da tabela. Não muito tempo depois, uma outra resolução da mesma Justiça Desportiva o fez recuperar parte dessa pontuação e, adivinhem só, deu uma estilingada para a metade da classificação. Como se trata de um time que já esteve entre os quatro melhores, acredita-se que o Oeste dificilmente terá vida fácil, mesmo atuando em seus domínios. Mas pode ser que surpreenda.
Enfim. O que eu quero lhes contar mesmo é: em vez de Icasa e Oeste partirem para dentro do adversário em busca da vitória redentora, ambas as equipes travaram um bom combate de compadres e ficaram num feio zero a zero.
Ah, que derrota o sujeito sair do conforto de sua residência para assistir a um deprimente empate sem gols. E vocês sabem o que Nelson Rodrigues escreveu a respeito das igualdades em uma partida de futebol? Eis o pensamento do mestre cronista:
"Ora, o empate é o pior resultado do mundo. O torcedor sente-se roubado no dinheiro da entrada e inclinado a chamar os 22 jogadores, o juiz e os bandeirinhas de vigaristas. Acresce o seguinte: - de todos os empates o mais exasperante é o 0 x 0".
Sábado à tarde, aqui em São Luís, não tivemos o zero a zero. Porque Sampaio e Náutico, diferentemente de Icasa e Oeste, sonhavam com o G-4 da Segundona. Por essa razão, foram para tudo ou nada e fizeram uma partida interessante no Castelão. A Bolívia Querida perdeu não sei quantos gols. No fim do segundo tempo, o Timbu teve uma bola no travessão. Em suma, emoções não faltaram.
O problema foi o 1 x 1. O placar, a meu ver, sepultou as chances de ambos de alcançarem um lugar debaixo da Ponte. Pode-se dizer que os dois nadaram e morreram abraçados na praia. Melhor sorte ano que vem, quando o Botafogo estiver por aqui, passando sufoco na tentativa de voltar à elite.
Mas chega de empates, por favor. O torcedor não merece.
Ney Farias Cardoso
bandeiraverde2014.wordpress.com
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