Presos os suspeitos pelas mortes na Patrimônio Show

Menor P e seus cúmplices foram presos ontem no Turu; ele disse que vingou seu pai e seu irmão, assassinados em Pedrinhas.

Atualizada em 11/10/2022 às 13h08
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Divulgação (T)

"Eu matei para vingar a morte do meu pai e do meu irmão que foram mortos dentro de Pedrinhas, no ano passado", afirmou Alexandro Oliveira Ribeiro, o Menor P, de 18 anos, durante o interrogatório na Delegacia de Homicídios, no Centro. Ele, em companhia de seus cúmplices Edson Pinto Diniz, o Pólo, de 29 anos, Iolete Reis Rodrigues, de 36 anos, e um adolescente, de 17 anos, foram presos e conduzidos à delegacia pelos policiais da Superintendência da Polícia Civil da Capital (SPCC), suspeitos pelo tiroteio que ocorreu na portaria da casa de eventos Patrimônio Show, na Beira-Mar, no dia 25 de agosto, que resultou na morte de três pessoas. Uma delas do ex- presidiário Carlos Fabrício Lima do Santos, de 24 anos, a vendedora ambulante Franciana Vieira Uchoa, de 40 anos, e Ailton Marinho Jacinto, de 33 anos.

O grupo foi preso pelos investigadores da Polícia Civil no período da manhã, no apartamento 303, do condomínio Tupy II, bloco 9, no Turu. Durante a abordagem, o Menor P ainda tentou pular do terceiro andar portando uma pistola 380 municiada, mas foi preso pelos policiais que tinham feito o cerco ao prédio. Todos foram apresentados ao delegado Marco Antônio Fonseca, que preside o inquérito policial, e ao também ao delegado Jeffrey Furtado.

No decorrer do depoimento, Alexandro Oliveira afirmou que matou Carlos Fabrício pelo fato de ele ter matado o seu pai, Manuel Laércio dos Santos Oliveira, o seu irmão Alex Laércio Ribeiro e o seu cunhado, Diego Michael Mendes Coelho, durante a rebelião do dia 17 de dezembro do ano passado, no Centro de Detenção Provisória. Ele, no dia 17 de abril, teria sido um dos executores do pai do seu cunhado, Domingos Pereira Coelho, o Laranjeiro, e do comerciante Marcone da Costa Pereira.

Com relação à vendedora ambulante, Menor P disse que ela foi morta durante a troca de tiros e que um deles saiu da arma de Ivanilton Madeira Viegas, o Pikachu, enquanto Ailton Marinho foi morto por Edson Pinto Diniz. "Matei para me vingar dos crimes que eles vinham cometendo e todos eles pertencem ao Bonde dos 40", declarou o criminoso.

O delegado Marco Antônio Fonseca informou que as imagens feitas pelas câmeras de videomonitoramento do Centro Histórico mostram claramente o momento que Menor P e Edson Pinto chegaram em uma Pajero preta, de placas não identificadas. Deixaram o veículo estacionado em uma rua transversal da Patrimônio Show. Em seguida, a dupla ficou por mais de 30 minutos à espera da vítima.

O crime - De acordo com informações policiais, o carro dos suspeitos passou em frente à boate e eles efetuaram vários tiros em direção às pessoas que estavam na porta. As vítimas foram identificadas como Carlos Fabrício Lima dos Santos, 24 anos, morador do São Francisco, e que teria saído do sistema penitenciário de Pedrinhas dias antes; Ailton Marinho Jacinto, de 33 anos, comerciante, e Franciana Vieira Uchoa, 40 anos, moradora da Vila Vitória, que estava vendendo bombons do lado de fora do estabelecimento.

Uma quarta pessoa, identificada como Derivan Viana Costa, de 22 anos, também foi atingida no abdômen e foi levada para o Hospital Municipal Djalma Marques, o Socorrão I. Após efetuar os disparos, os suspeitos seguiram em fuga pela Avenida dos Africanos, onde colidiram com uma moto prata, de placa OJI-4777, cujo motociclista foi levado para o Socorrão I.

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