Poucas vezes um governo estadual deu uma resposta tão ampla e tão contundente à sociedade numa situação de combate à violência, como faz o Governo do Maranhão em reação ao cenário de crise pintado por olhos de fora desde a noite do dia 3 do corrente. Naquela noite, bandidos de ponta de rua, cumprindo ordens dos chefões do tráfico trancafiados no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, incendiaram dois ônibus e tentaram queimar outros dois, sem sucesso. Num dos ônibus incendiados, várias pessoas foram queimadas, entre elas a menina Ana Clara, de seis anos, que não resistiu às queimaduras em 95% do seu corpo e morreu, causando comoção na cidade, no estado, no país e no mundo.
Numa ação que surpreendeu, principalmente pela demonstração de eficiência e competência, a polícia foi às ruas e em menos de 36 horas identificou e prendeu os envolvidos diretamente na ação e descobriu de onde saíram as ordens e quem foi o intermediário. Todos estão presos. Paralelamente, com o apoio da Força Nacional, que chegou a São Luís em dezembro, a Polícia Militar, por meio do seu mais eficiente e respeitado pelotão, o Choque, tomou conta do presídio e ali imprimiu uma disciplina férrea, com um sistema implacável de com trole, introduziu o regime de revistas periódicas, sem aviso prévio. Os primeiros resultados foram centenas de armas improvisadas (chuços), faças e até armas de fogo, que se somaram a centenas de celulares apreendidos.
Apoiados por grupos ligados a direitos humanos, que nesse caso atuam equivocadamente, os presidiários tentaram várias vezes retomar o controle, se armar e dar as cartas nos presídios, com reflexo do lado de fora. A política de controle nos presídios não permitiu que os chefões impusessem sua vontade, e por causa disso ensaiaram várias reações, esperando suepreender a rígida segurança ali implantada. Tentaram fazer uma "rebelião", mas o projeto não deu certo. Assassinaram um detento por enforcamento. Depois, ensaiaram algumas situações para demonstrar força, mas aconteceu a reação da polícia, e elas fracassaram.
Decidido a impedir a ação de bandidos, para livrar o cidadão comum da sensação de medo e insegurança, o Governo do Estado determinou à Secretaria de Estado da Segurança Pública a realização de grande operações em áreas onde existem focos de venda de drogas e a atuação de bandidos que dão cobertura a essa ação criminosa. Durante o fim da semana, dezenas de blitze foram realizadas nas mais diversas regiões da Grande São Luís, resultando em prisões e desarmamento. Na terça-feira, as polícias Civil e Militar, com o apoio do serviço de inteligência - que, vale registrar, tem sido de fundamental importância para o sucesso das ações -, foram à Liberdade, numa ampla operação na qual bandidos reagiram, mas foram atingidos, enquanto outros foram presos, quando tentavam fugir pelo mangue. Ontem, as operações continuaram, com eficiência.
As operações vão prosseguir. A ordem do Palácio dos Leões é tirar os bandidos das ruas, para que o cidadão comum, trabalhador, crianças e a população em geral tenham assegurado o seu direito de ir e vir. Pois não é admissível, em nenhuma hipótese ou circunstância, que milhares de pessoas sejam vencidas pelo medo. O Estado, por meio das suas instituições, está fazendo a sua parte.
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