Traficante líder da Bonde dos 40 é capturado no Cantinho do Céu

Wilderley Moraes, o Paiakan, estava sendo procurado desde o dia 8 quando a PM acabou com uma festa promovida pela facção.

Saulo Maclean Da editoria de Polícia

Atualizada em 11/10/2022 às 13h19
(T)

Policiais do Batalhão de Choque e do Serviço de Inteligência da Polícia Militar prenderam, no início da manhã de ontem, no Cantinho do Céu (área da Cohama), mais um homem apontado como um dos líderes da facção criminosa Bonde dos 40. Wilderley Moares, conhecido como Paiakan, de 25 anos, segundo a PM, é um dos mais perigosos traficantes de drogas e homicidas atuantes na Região Metropolitana de São Luís.

"Surpreendemos o suspeito no endereço, que é um conjunto de quitinetes. Ele estava com um veículo Fiat Siena preto (NHC-6527), no qual encontramos duas porções de pasta-base de cocaína. Só para lembrar, Paiakan foi um dos que conseguiram escapar da megaoperação realizada na madrugada do dia 8, que acabou com a festa de aniversário de dois traficantes, líderes da facção criminosa, no bairro Araçagi", informou o aspirante Rigoberto, do BPChoque, que participou da operação.

Ainda de acordo com os policiais militares, Paiakan, atualmente não tinha endereço fixo, mas foi denunciado de estar dormindo em uma das quitinetes, localizadas na Travessa Menino Jesus de Praga, próximo ao Residencial Pinheiros. "Trata-se de um criminoso frio, que dificilmente se encontra em situação de flagrante. A cocaína encontrada com ele lhe renderia mais de R$ 5 mil", calculou o PM.

Paiakan foi conduzido junto com o material apreendido à sede da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), no Bairro de Fátima, onde prestou depoimento ao delegado Leonardo Diniz. Até o fim da tarde, porém, o procedimento de autuação em flagrante, pelo crime de tráfico de drogas, pelo menos, ainda não havia sido concluída. A Polícia Civil também aguardava a chegada de inquéritos de homicídios, dos quais ele tem participação.

Chacina – Sobre os crimes de morte, aos quais Paiakan é apontado como autor ou mandante, o delegado Guilherme Sousa Filho, da Delegacia de Homicídios (DH) da capital, garantiu que a chacina da Vila Isabel Cafeteira (área da Cohab), ocorrida no dia 5 de abril, foi praticada pessoalmente por ele. "Ele e mais três cúmplices armaram uma emboscada para as vítimas, que também seriam traficantes de drogas", afirmou o delegado.

Na data, foram executados pelo traficante e seu bando, segundo as investigações, José de Ribamar Mendes de Sousa Júnior, conhecido como Júnior Loló, de 27 anos, Juliana Késsia Sousa Sena, a Loura, de 30 anos, e Darlene Targino Ferreira, de 31 anos. "As vítimas estavam em um veículo Peugeot prata (NHI-3288) e se dirigiam para receber um pagamento de drogas, quando foram cercados pela quadrilha de Paiakan", completou Guilherme Filho.

A chacina da Vila Isabel Cafeteira foi uma das primeiras ações violentas da gangue Bonde dos 40, considerada estopim para a guerra entre outras organizações criminosas na capital, principalmente contra a intitulada Primeiro Comando do Maranhão (PCM). Paiakan utilizou um automóvel modelo Chevrolet Corsa Classic prata para executar os traficantes rivais com tiros de pistolas calibre ponto 40.

Fabinho Matador foi o primeiro a ser preso

No fim da tarde do dia 10, policiais do Serviço de Inteligência do 8º Batalhão da PM também haviam prendido outro homem apontado como chefe da gangue Bonde dos 40. Fábio Coelho dos Santos, conhecido como Fabinho Matador, de 28 anos, foi surpreendido quando entrava em seu veículo, um Volkswagen Golf branco (NXP-1347), em companhia da namorada, na Rua Argentina, bairro Vila Luizão.

Também acusado de envolvimento com o tráfico de drogas e em vários homicídios na cidade, Fabinho Matador, que é morador da Rua 2, no bairro São Francisco, estava foragido da Justiça, com mandado de prisão em aberto, expedido pela 2ª Vara do Tribunal do Júri. A acusação foi o assassinato de Geovanni Neves Santos, de 25 anos, crime ocorrido na madrugada do dia 30 de setembro, no bairro Sol e Mar.

Ao ser preso, Fabinho Matador foi flagrado com um papelote com 200 gramas de cocaína triturada. Na ocasião, os militares do SI-PM revelaram que o automóvel apreendido com o criminoso havia sido comprado à vista, pelo preço de R$ 48 mil. Ele também estava na festa promovida pelo Bonde dos 40, no bairro Araçagi, de onde 39 pessoas, incluindo menores, foram conduzidas à delegacia.

Mais

Enquanto Paiakan prestava depoimento na Seic, seu advogado, Frederico Barbosa (OAB/MA: 8393), afirmou à imprensa que seu cliente não responde a nenhum processo criminal, nem por tráfico de entorpecentes, nem por homicídios na região metropolitana. "A polícia precisa apresentar provas concretas a respeito de determinada pessoa, antes de apresentá-la como traficante ou assassina", pontuou o advogado.

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