O juiz de uma partida de futebol foi apedrejado até a morte e depois teve o corpo esquartejado pela torcida, em um torneio realizado no município de Pio XII. A barbárie aconteceu na tarde de domingo (30), no povoado Centro do Meio, às margens da
BR-316. Segundo a Polícia Civil, a vítima matou a facadas um dos jogadores, que teria lhe ameaçado por ter sido expulso de campo.
A notícia, que chocou o estado, foi detalhada pelo delegado Valter Costa, titular da 7ª Delegacia Regional de Santa Inês. "As vítimas desse barbarismo, motivado por uma futilidade, foram Josenir Santos Amorim, de 30 anos, que jogava por um dos times, e Otávio Jordão da Silva, de 20 anos, que apitava o jogo. Tudo começou quando os dois discutiram por causa do cartão vermelho dado ao jogador", adiantou o delegado regional.
Logo após o desentendimento, o juiz da partida teria empunhado uma faca que portava na cintura e desferido alguns golpes no atleta, que morreu minutos depois no hospital da cidade, após ter sido socorrido. Indignados com a atitude do árbitro, amigos e parentes da vítima, acompanhados de parte do público que assistia ao jogo, invadiram o campo, localizado a 3 km da sede do município, e iniciaram o linchamento.
"Na ânsia de fazer 'justiça com as próprias mãos', a multidão apedrejou e espancou o árbitro até matá-lo. Não satisfeita, trataram de decepar pernas e braços da vítima. Ainda enfurecidos, os moradores resolveram decapitar a vítima e pendurar a sua cabeça no topo de uma estaca", detalhou Valter Costa, que esteve no município e iniciou as investigações para identificar os autores da barbárie.
De acordo com a polícia, algumas pessoas que teriam participado efetivamente do linchamento já foram identificadas e o reconhecimento havia sido feito por meio de imagens feitas a partir de câmeras de aparelhos celulares. "Apesar da revolta popular, não se pode justificar tal ato. Todos os autores do crime serão presos, pois não estamos em uma terra sem leis", lembrou o titular da 7ª Delegacia Regional de Santa Inês.
Capital - Na Região Metropolitana de São Luís, quatro assassinatos foram registrados no primeiro dia de julho. O primeiro deles teve como vítima o presidiário Jadson Ribeiro, conhecido como Caroço, de 20 anos, encontrado no Bloco D da Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ), em Pedrinhas. Segundo a polícia, o detento dividia a cela da unidade com outros seis internos, por enquanto suspeitos.
A morte do detento, segundo a Secretaria de Justiça e da Administração Penitenciária (Sejap), será investigada no 12º Distrito Policial (Maracanã), pois a polícia também não descarta a hipótese de o presidiário ter recorrido ao suicídio. Horas depois, logo no início da manhã, o segundo homicídio do dia foi registrado na Avenida João Lisboa, no bairro Filipinho, e praticado com uso de arma de fogo.
Juraci Ribeiro Mineiro, de 37 anos, foi morto com um tiro no braço, que transfixou e atingiu os pulmões e coração da vítima, no momento em que agredia uma mulher. Segundo a Polícia Civil, testemunhas informaram que o autor do disparo teria sido outro homem que passava pelo local, e resolveu intervir e livrar a mulher da agressão. O crime aconteceu, segundo a PM, por volta das 6h30, próximo ao posto de combustíveis Topázio.
De acordo com a polícia, a vítima morava em um conjunto de quitinetes, no bairro Sacavém, e foi alvejada pelo desconhecido, que deixou o local em disparada. Depois de ser atingido, Juraci Ribeiro Mineiro ainda andou cerca de 20 metros, em busca de ajuda, sentou-se ao lado de uma das bombas de gasolina do posto, onde morreu sobre uma mochila que carregava nas costas.
A equipe de investigadores da Delegacia de Homicídios (DH) esteve no local do crime e tomou as primeiras providências acerca do fato. Uma delas foi tomar o depoimento da mulher, identificada apenas como Verônica, que era agredida pela vítima. Até o fechamento desta edição, a polícia judiciária ainda não havia identificado o suposto autor do disparo.
Também foram registrados, até o fim da tarde de ontem, mais dois assassinatos. As vítimas foram Tiago Santos e Santos, de 23 anos, morador do bairro Tibirizinho (área do Maracanã), morto a tiros, na Vila Sarney, próximo ao Campo do Rói Coco, segundo a polícia, por um homem identificado apenas como Xilado; e Wendel Santos Lisboa, de 22 anos, morto a tiros na Avenida 1 do bairro Jardim São Cristóvão.
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O duplo homicídio registrado na zona rural de Pio XII foi comunicado a Superintendência de Polícia Civil do Interior (SPCI), que determinou reforço policial por parte da 7ª Delegacia Regional de Santa Inês para as investigações e diligências na sede do município. Segundo a polícia, Josenir Santos Amorim, que figura como jogador da partida de futebol assassinado era funcionário da Agência dos Correios de Pio XII.
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