Tribunal do Júri absolve delegado suspeito no assassinato de Stênio

José Ribamar Pinheiro Ferreira era apontado como um dos participantes do bando.

Atualizada em 11/10/2022 às 13h37

A 2ª Vara do Tribunal do Júri da capital absolveu ontem o delegado de Polícia Civil José Ribamar Pinheiro Ferreira, um dos supostos envolvidos na morte do delegado Stênio José Mendonça, ocorrida em 25 de maio de 1997, na Avenida Litorânea. O réu foi submetido a julgamento após a polícia ter constatado, após investigações, que o delegado teria participado da trama e ainda integrado a quadrilha acusada de praticar crimes no estado.

De acordo com as informações da quebra de sigilo telefônico, constantes nos autos do processo, o suspeito José Ribamar Pinheiro teria mantido contatos telefônicos com Joaquim Felipe de Sousa Neto, o Joaquim Laurixto, antes e depois do crime e, após o assassinato do delegado Stênio Mendonça, teria se reunido com ele e José Rodrigues da Silva, o Zé Júlio, em uma fábrica de sandálias de sua propriedade, no Tibiri, onde teriam bebido em comemoração. Joaquim Laurixto foi indiciado como um dos mandantes do crime e Zé Júlio um dos executores.

Após muitos debates no 2º Tribunal do Júri, cuja sessão começou às 8h30 e se prorrogou até as 16h, o Conselho de Sentença negou por maioria de votos a autoria do crime pelo delegado José Ribamar Pinheiro, em consonância com as teses defendidas em plenário, tanto pelo advogado de defesa quanto pelo órgão do Ministério Público Estadual. No entanto, reconheceu a materialidade delitiva do crime de homicídio e de formação de quadrilha.

A presente sessão do júri foi presidida pelo magistrado José Ribamar d'Oliveira Costa Júnior, que encontra-se respondendo pela 2ª Vara do Tribunal do Júri da capital, cujo titular é o juiz Gilberto de Moura Lima.

Caso Stênio Mendonça - Stênio Mendonça foi morto a tiros de revólver disparados por José Vera Cruz Soares Fonseca, o Cabo Cruz, no dia 25 de maio de 1997, por volta das 11h30, na Praça do Pescador, na Avenida Litorânea. Acompanhava o executor José Rodrigues da Silva, o Zé Júlio, que, empunhando uma pistola, propiciou meios para facilitar a execução.

O motivo da empreitada criminosa, articulada por José Humberto Gomes de Oliveira, o Bel, e pelo suspeito Joaquim Laurixto, seria uma investigação em andamento feita pelo delegado Stênio Mendonça à época para desvendar o desaparecimento de uma carreta, ocorrido em Santa Luzia. A carreta teria sido localizada e apreendida pelo delegado em um imóvel pertencente a outro suspeito pelo crime, Joaquim Laurixto, e ocupado pelo então deputado Francisco Caíca Uchôa Marinho, o Chico Caíca.

Provas indiciárias colhidas à época indicaram como sendo de uma organização criminosa responsável pelo roubo de cargas no Maranhão a autoria do crime. Além dos citados, fariam parte da organização José Humberto Gomes de Oliveira, o Bel; Carlos Antônio Martins Santos, cunhado de Bel; Carlos Antônio Maia, o Carlinhos; Marcondes de Oliveira Pereira; Israel Cunha, o Fala Fina; José Gerardo de Abreu, Ilce Gabina de Moura Lima e Luis de Moura Silva.

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