SÃO LUÍS – Começa, neste sábado (18), a campanha de atualização da caderneta de vacinação das crianças, ação que tem como objetivo a melhoria da cobertura vacinal do público infantil. A campanha se estende até o dia 24 de agosto e será realizada em conjunto entre o Ministério da Saúde e as secretarias estaduais e municipais de saúde de todo o país. Mais de 350 mil profissionais de saúde participam da ação.
No "dia D" da campanha – sábado –, serão oferecidas ao público-alvo – crianças com menos de cinco anos de idade, ou seja, 14,1 milhões em todo o país – as vacinas do calendário-básico: BCG, hepatite B, pentavalente (que protege contra difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras doenças bacterianas), Vacina Inativada Poliomielite (VIP), Vacina Oral Poliomielite (VOP), rotavírus, pneumocócica 10 valente, meningocócica C conjugada, febre amarela, tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) e DTP (difteria, tétano e coqueluche). As crianças devem ser levadas a um posto de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) mais próximo – ao todo são 34 mil –, onde a caderneta de saúde será avaliada e o esquema vacinal atualizado conforme a situação encontrada.
De acordo com a infectologista Maria dos Remédios Branco, crianças de outras faixas-etárias podem, também, comparecer aos postos de vacinação. "A meta é atingir crianças menores de cinco anos que estejam com o calendário (de vacinação) atrasado, por isso é muito importante a atualização do calendário dessas crianças. Outra questão é a incorporação de vacinas novas, como a da pólio inativada, uma vacina que é mais cara, injetável e mais segura, e a incorporação da vacina chamada 'pentavalente', o que diminui o número de injeções que a criança toma", disse em entrevista ao Imirante na manhã desta quinta-feira (16).
Sobre a vacina inativada contra a poliomielite – injetável –, a infectologista explica que essa é a forma mais segura de vacinação. "A vacina da pólio oral pode provocar a doença. A inativada não. Não há o risco no Brasil. Só há vacinação em função do risco encontrado em outros países, como Afeganistão e Paquistão, que são áreas endêmicas, já que o vírus pode ser reintroduzido no país. Então, não tem sentido o Brasil continuar com a vacinação oral, que tem algum risco, quando, na verdade, o risco da doença foi eliminado no país. O Brasil tinha que entrar, mesmo, com a vacina inativada, que é mais segura", esclarece.
Durante a campanha, será feita, também, a distribuição da vitamina A, estratégia que faz parte da ação "Brasil Carinhoso". Serão priorizados os Estados das regiões Norte e Nordeste, e municípios de Minas Gerais, totalizando 2.434 cidades. A falta da vitamina pode causar doenças como diarreia, pneumonias e infecções pulmonares.
Para a operacionalização da campanha, foram disponibilizados R$ 18,6 milhões, transferidos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) aos fundos estaduais e municipais.
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