Distribuição de alimentos e solidariedade na rua

Grupos levam lanche e almoço a moradores de rua e aprendem a valorizar o que têm.

Atualizada em 11/10/2022 às 13h38

A vida dos moradores de rua de São Luís não está resumida apenas a sofrimento e falta de solidariedade. É possível encontrar ações de apoio a essas pessoas. No Centro, membros da Pastoral de Rua - cuja sede fica na Rua dos Afogados, grupo que faz parte da comunidade capuchinha - realizam uma atividade todas as quartas-feiras com distribuição de alimento aos moradores de rua. O cardápio é simples: pão com mortadela, acompanhado por suco de frutas. Mas para quem não tem o que comer o lanche é sempre bem-vindo.

Segundo uma das integrantes do grupo católico Fraternidade é o caminho, organizador da ação solidária, Camila Martins, a atividade significa dar mais uma oportunidade a pessoas que são excluídas da sociedade e ignoradas pelo poder público. "Esta ação é o mínimo que podemos fazer por eles. Nada melhor do que dividir o alimento com quem não tem algo imprescindível para a sobrevivência. No entanto, fazemos o papel que deveria ser das autoridades públicas que, por um motivo ou outro, se recusam a fazer algo", disse.

Outro grupo que também faz ações de apoio às pessoas carentes é constituído por integrantes da Federação Espírita do Maranhão (Femar). Aos domingos, jovens deixam de lado as diversões comuns e promovem uma espécie de almoço coletivo em bairros da capital. O último grupo beneficiado foi de pessoas que vivem debaixo da ponte José Sarney, no São Francisco. Segundo a presidente da Femar, Ana Luiza Nazareno Ferreira, o objetivo é fazer com que os jovens entendam o real sentido da vida. "É importante que os jovens do nosso grupo tenham essa noção da realidade carente que, às vezes, fica escondida. Isso serve para que eles valorizem tudo o que eles têm hoje", afirmou.

Procurada por O Estado, a assessoria de comunicação da Prefeitura de São Luís, em nome da Semcas, não informou se existem ações efetivas feitas para o apoio aos moradores de rua. Ressaltou apenas que foram registradas na Semcas, pessoas que, atualmente, vivem como moradores de rua em São Luís, naturais da Bahia, Piauí, Alagoas, São Paulo, Pernambuco e Ceará.

Mais

- O Disque 100, serviço mantido pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) para receber denúncias sobre violações de direitos humanos, registrou, durante todo o ano passado, 453 denúncias relacionadas à violência contra a população de rua, envolvendo casos de tortura, negligência, violência sexual, discriminação, entre outros. Os estados com o maior número de denúncias foram São Paulo (120), Paraná (55), Minas Gerais e o Distrito Federal, ambos com 33 casos.

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