Justiça condena homem que matou mulher no Cohatrac IV

Edinaldo Diniz Lindoso praticou o crime a mando do ex-namorado da vítima.

Saulo Maclean Da editoria de Polícia

Atualizada em 11/10/2022 às 13h45
(T)

Edinaldo Diniz Lindoso, conhecido como Pezão, de 30 anos, foi condenado ontem a cumprir 13 anos de prisão, em regime fechado, pela morte da operadora de telemarketing Maura Costa Rodrigues, de 27 anos, ocorrido no dia 23 de fevereiro de 2010, no bairro Cohatrac IV. A vítima foi assassinada com dois tiros na cabeça.

A sentença foi dada ao réu, em audiência presidida pela juíza Alessandra Ferraz, a portas fechadas, em um das salas do Júri Simulado que funciona no prédio do Uniceuma I, no Renascença II. Depois de ouvir a sentença, Edinaldo Lindoso voltou às dependências do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, onde já cumpriu parte da pena estabelecida no julgamento.

Segundo a juíza, a condenação do réu foi fundamentada na evidência de materialidade e autoria reconhecidos pelo Conselho de Sentença, mediante a autuação de homicídio qualificado, por motivo torpe e pelo pagamento ou promessa de recompensa.

O crime - Maura Costa Rodrigues foi friamente assassinada no início da tarde, na Rua 2 do Cohatrac, no momento em que saía de casa para o trabalho. Ela foi abordada por dois assaltantes, que lhe exigiram o aparelho celular. Os bandidos, segundo apurou a Polícia Civil, na época, teriam ficado furiosos pelo fato de a vítima ter resistido em entregar o telefone móvel.

Testemunhas relataram à polícia que Maura Rodrigues ainda correu por alguns metros e chegou a gritar, pedindo socorro. Porém, a dupla não teve piedade. Efetuou os disparos contra a vítima, que morreu na porta de um vizinho. Vendo a mulher caída no chão, já sem vida, os ladrões levaram sua bolsa com seus pertences, que foram dispensados próximo dali.

A prisão de Edinaldo Lindoso foi feita pelos próprios moradores da comunidade do Cohatrac que, revoltados, por pouco não o lincharam. A Polícia Militar foi acionada minutos depois, e ele foi apresentado no 13º Distrito Policial (Cohatrac). Em poder do criminoso, a PM apreendeu um revólver calibre 38. Em depoimento, mesmo com as evidências, ele negou tudo.

Passionalidade - Na época, pelo menos duas linhas de investigação foram levantadas pela polícia. A primeira, a de latrocínio (roubo seguido de morte), e a segunda a de crime passional. Esta última ganhou consistência com o depoimento do cabo reformado do Corpo de Bombeiros, José Fábio Mendes Sousa, de 39 anos, e ex-namorado da operadora de telemarketing.

Seis dias depois do crime, segundo a polícia, o militar se apresentou na Superintendência de Polícia Civil da Capital (SPCC) e confessou ter sido o mandante do crime, alegando não se conformar com o fim do relacionamento de cinco anos que teve com a vítima. Com a confissão de José Fábio Sousa, Pezão assumiu ter recebido R$ 2 mil para matar a vítima e simular o assalto. Seu cúmplice conseguiu fugir e até hoje não foi capturado.

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