Marco Aurélio D'Eça
Décio Sá
Editora de Política
O ex-presidente da Assembléia Legislativa, deputado João Evangelista Serra dos Santos (PSDB), faleceu na madrugada de sábado no Hospital São Domingos, em São Luís, após três meses de internação por complicações decorrentes da retirada de um tumor maligno do cérebro. O corpo do parlamentar foi sepultado com honras militares, por volta das 16h, no Cemitério Parque da Saudade, no Vinhais.
João Evangelista descobriu o tumor no cérebro há dois anos, durante um check-up de rotina em São Paulo. Ele foi operado e passou os últimos dois anos em observação. Há cerca de dois meses, os sintomas se complicaram e ele precisou ser internado, vindo a falecer na madrugada de ontem. Por conta da cirurgia, diminuiu sua participação nas atividades da Casa.
Trajetória - O deputado completaria 53 anos no dia 3 de junho. Natural de São João Batista e ex-comerciário, Evangelista começou a vida política como vereador de São Luís, cargo que exerceu por quatro mandatos. Foi presidente da Câmara de São Luís no início da década de 1990. Em 1994, elegeu-se deputado estadual pela primeira vez, se reelegendo em 1998, 2002 e 2006. Foi líder de governo e um dos principais articuladores do movimento pela alternância de poder na Casa.
Em 2005, o deputado elegeu-se presidente da Assembléia Legislativa e foi o responsável pela conclusão das obras do novo prédio daquele poder, iniciado em 2003 por Carlos Alberto Milhomem. Voltou a se eleger presidente da Casa em 2007, ano em que exerceu, por cinco dias, o cargo de governador do Estado.
A partir de fevereiro de 2008, quando descobriu o tumor, passou a ter uma vida política menos intensa, por recomendação médica. Evangelista deixa viúva, Georgina Mousinho, e dois filhos.
Políticos lamentam a perda
A governadora Roseana Sarney lamentou o falecimento do deputado João Evangelista e se solidarizou com seus familiares e amigos. Para ela, a morte do ex-presidente da Assembléia Legislativa é uma grande perda para o Maranhão.
"Na Assembléia e na Câmara Municipal, onde também exerceu a presidência, João Evangelista atuou como um exemplo de liderança. Tenho certeza de que a luta e a resistência dele ficam na história dos grandes nomes do nosso Estado", disse a governadora, em nota de pesar.
Deputados e lideranças políticas de todo o Maranhão também lamentaram ontem a morte do deputado O presidente da Assembléia Legislativa, Marcelo Tavares (PSB), decretou luto oficial de três dias e, em nota de pesar, declarou que Evangelista deixou um belíssimo exemplo de dedicação ao trabalho, e um profundo e abalizado apego à prática da democracia.
Bastante emocionado, o deputado Joaquim Haickel (PMDB) lembrou que, como deputado, João Evangelista foi correto e, como presidente da Assembléia, "um parlamentar exemplar, amigo e um grande companheiro".
O deputado Pavão Filho (PDT) afirmou que a morte de João Evangelista é uma grande perda para o Poder Legislativo estadual e para o povo do Maranhão. "João escreveu uma nova história política em nosso estado", ressaltou.
O líder do governo na Assembléia, deputado Carlos Alberto Milhomem (DEM), disse "que João Evangelista já cumpriu sua missão na terra e agora foi chamado para ficar, no esplendor da glória, com nosso senhor Jesus Cristo".
O deputado José Lima (PV) disse que Evangelista foi, acima de tudo, um grande pai, um grande amigo e, como vereador, deputado e presidente da Assembléia, fez um excelente trabalho de valorização do Legislativo.
Da mesma opinião compartilham os deputados federais Julião Amin (PDT) e Pedro Fernandes (PTB). Ambos acham que tanto o Maranhão quanto o município de São Luís perdem um grande amigo, companheiro e político.
Para o ex-governador Jackson Lago (PDT), o deputado João Evangelista desempenhou, nos últimos anos, um papel muito importante para a transformação política do estado. "João foi um bom parlamentar, um grande presidente da Assembléia. Lamentamos uma perda de tamanha dimensão. Mas ele deixou bons exemplos que, com certeza, serão seguidos", disse.
Já o presidente do PSB, José Antonio Almeida, reconheceu que, no exercício de suas atividades, Evangelista mostrou coerência e amizade. "Se não morresse prematuramente, com certeza João ocuparia um importante cargo majoritário", disse.
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