Quando o fantástico exibiu a realidade doentia da maioria das escolas de Caxias e denunciou um grande esquema de desvio de dinheiro público, alguns intelectuais sentiram-se atingidos em seus brios e se manifestaram contra o que eles classificaram de "atentado à imagem da terra de Gonçalves Dias". Não se questionou a veracidade da reportagem, apenas o fato de as mazelas caxienses serem expostas em rede nacional. Eu esperava que algum intelectual de Caxias saísse em defesa da história da Balaiada. Numa blasfêmia, os apaniguados e subvencionados do esquema jackista chamam de Balaiada o movimento bancado pelo erário que tenta passar a idéia de insatisfação popular pelo julgamento do "chefe maior" no TSE.
Ao contrário da palhaçada bancada pelo Estado, a Balaiada foi uma importante revolta que explodiu na província do Maranhão, entre os anos de 1938 e 1841, quando o povo lutou contra injustiças, contra a miséria, a fome e os maus-tratos. A Balaiada original lutava por um ideal. O arremedo inventado pelos governistas é um atentado ao Estado Democrático de Direito e tenta distorcer o teor do processo de cassação do mandato do governador Jackson lago (PDT) que tramita em fase final no TSE, ao tempo em que agride o nome do senador José Sarney (PMDB) e sua família.
A verdadeira revolta dos Balaios combatia a injustiça. O fracassado movimento dos subvencionados do esquema abancado no Palácio dos Leões estrebucha para não perder a boquinha nossa de cada dia - uma Balaiada às avessas!
Hoje, assistem-se atos dos mais tresloucados. Fatos são distorcidos por jornalistas que venderam suas penas por um quinhão qualquer e acabaram por enterrar os resquícios de credibilidade que ainda tiveram um dia.
O estado de insolvência da segurança pública, o desmanche da saúde e o esfacelamento da educação, aliados à completa ausência de planejamento, enterra o Maranhão e resulta numa vertiginosa queda na qualidade de vida de seu povo.
A tristeza desola o coração daqueles que, indignados, a tudo assistem sem nada poder fazer a não ser esperar e torcer pela decisão da Alta Corte... Enquanto os poetas dão milho aos pombos.
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