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Fábrica Kibon vai transferir sua produção

Atualizada em 13/10/2022 às 12h10

São Paulo - A Unilever informou ontem ao mercado e aos funcionários que irá, num prazo de 12 meses, fechar a fábrica de sorvetes Kibon, instalada em São Paulo. A unidade fica no bairro do Brooklin, região sul da capital. Toda a produção será transferida para duas outras unidades, em Valinhos, no interior de São Paulo - onde a Unilever mantém um complexo industrial -, e em Jaboatão dos Guararapes, região metropolitana do Recife (PE), onde fica a produção de picolés.

A fábrica de São Paulo produz o sorvete de massa. A maior parte da produção (80%) será transferida para Valinhos. O restante para o Recife. Para justificar a decisão, a empresa alega que a localização da fábrica impede os investimentos em expansão e modernização industrial. Outro problema é a limitação da logística de distribuição em São Paulo.

O presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Industrialização Alimentícia de São Paulo e Região (Sindeeia), Carlos Vicente de Oliveira, disse que promoverá hoje uma assembléia com os funcionários da Kibon. "Vamos conhecer a posição dos trabalhadores e negociar com a empresa", disse. Ele não descartou a possibilidade de recorrer ao prefeito José Serra e ao governador Geraldo Alckmin para que intercedam a favor da manutenção da fábrica em São Paulo. "Todo dia há empresa indo embora. A classe política precisa tomar uma posição em relação a essa situação".

O sindicato alega que 1,5 mil trabalhadores (entre funcionários da produção e da área administrativa) seriam demitidos com a transferência da fábrica. A Unilever negou a informação em nota divulgada ontem. No comunicado, a empresa afirma que a medida afetará 343 pessoas, todas ligadas à área fabril.

recolocação

Para reduzir a resistência à decisão, a Unilever antecipou-se e anunciou que irá oferecer "ao final do processo", para os trabalhadores que ficarem na unidade até o fim dos 12 meses, apoio para recolocação no mercado de trabalho, abonos adicionais, ampliação da assistência médica, seguro de vida em grupo e treinamento profissionalizante para "melhorar a empregabilidade".

A empresa diz ainda que tentará recolocar os trabalhadores em outras unidades ao longo desse período. O sindicato afirma que, embora haja "boa vontade" da empresa em remanejar trabalhadores, a opção é complexa, "dada a distância" destas cidades em relação a São Paulo.

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