São Paulo - O duelo particular entre Robinho e Tevez no clássico entre Santos e Corinthians, no último domingo, ganhou eco também na Argentina. Mais precisamente no diário "Olé", que critica a comparação feita pela imprensa brasileira, mas usa dos mesmos artifícios para colocar o corintiano como superior ao santista.
"Argentina contra Brasil. Ma-radona versus Pelé. E agora, Tevez frente a Robinho (não vamos comparar Ortega com Sergio Manoel)", começa o texto veiculado ontem pelo jornal argentino.
A ironia deve-se em comparar Ortega e Sérgio Manoel. Ortega sempre foi considerado um grande jogador em seu país, mas sua irregularidade fez com que passasse para a história como um dos casos de "eterna promessa". Já Sergio Manoel, de longe, nunca foi badalado como uma das estrelas do futebol brasileiro.
A crítica argentina também vai além, ao achar que a imprensa brasileira fez muito alarde no confronto que reuniu as duas principais estrelas que atuam no país. "Emitem palavras fortes baseando-se em nada mais do que uma partida de '11 contra 11', como se tratasse de uma luta de boxe. Repetem que Robinho foi superior a um Tevez pouco produtivo, mas daí a dizer quem é o melhor dos dois...", continua o "Olé", em matéria assinada por Ezequiel Cogan.
Mesmo criticando a comparação, o jornal argentino acaba usando da mesma "arma" para tratar dos dois jogadores. "Ambos vieram de um passado humilde, de uma família unida. Os títulos e a seleção chegaram cedo e em seus clubes sempre carregaram a pressão de ídolo, a tal ponto de suportar a comparação com Maradona e Pelé."
"Logo, a fama também teve seu lado ruim: o argentino foi 'expulso' de seu país, enquanto o brasileiro teve sua mãe seqüestrada", continuou "Olé". "A diferença mais importante está nos campeonatos conseguidos e nas finais que Carlitos ganhou de Robinho (Libertadores de 2003), mesmo que também entre em campo mais 10 jogadores."
Por fim, depois de decretar que Tevez é melhor que Robinho atualmente, "Olé" ameniza e conclui que apenas o futuro vai dizer quem é o mais expressivo dos dois jovens atletas. "São meninos de menos de 21 anos, que ainda têm muito pela frente e, seguramente, teremos que esperar para saber quem é o melhor."
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