Anita, a dentista estrangulada

Atualizada em 13/10/2022 às 12h52

Até hoje, não se sabe quem matou Anita Carrijo, encontrada estrangulada em seu consultório dentário na manhã de 13 de maio de 1957, aos 52 anos. A porta estava aberta. O fio do telefone cortado. A dentista, que fizera de sua sala, em seu apartamento no centro do Rio, seu local de trabalho, estava seminua. A enfermeira do consultório encontrou o corpo no meio do quarto com os pulsos amarrados.

Filha de argentinos, Anita ficou conhecida pelas campanhas que liderou em São Paulo e outros estados a favor do divórcio e da emancipação da mulher no trabalho e na sociedade. Quatro meses antes de ser assassinada, Anita presidira um congresso feminista no Rio.

Solteira, morava sozinha e os investigadores e peritos não encontraram no apartamento nada que pudesse levar ao esclarecimento do crime. O local revelava que houvera luta entre a dentista e seu assassino.

A polícia tirou de um caderno de endereços o nome de um suspeito: um italiano, ator de teatro, que vivera 15 anos em Paris, freqüentava o apartamento de Anita e chegou a namorá-la. Ele apresentou um álibi que não convenceu os policiais. Mesmo assim jamais conseguiram provar ser ele o autor do assassinato.

ARACELLI - Trinta anos depois da morte da menina Aracelli Cabrera Crespo, que tinha 8 anos, o crime continua sem solução. O corpo foi encontrado desfigurado por ácido em 24 de maio de 1973 num matagal de Vitória, no Espírito Santo. Três empresários chegaram a ser acusados de terem drogado e assassinado a menina num bairro elegante de Vitória. Foram inocentados pela Justiça. O coronel da PM do Espírito Santo Manoel Araújo, que presidiu o inquérito, foi acusado de desviar provas que apontavam os acusados. Ele morreu em 1984 com um tiro nas costas. Era suspeito de ter mandado matar um sargento que apurava o crime da garota, em sigilo, por determinação do comando da PM. O sargento descobrira o grupo de jovens ricos visto no local onde Aracelli fora morta.

O caso teve também uma outra vítima. O deputado estadual Clério Falcão (PMDB). Ele pedira a abertura de uma CPI sobre o assassinato e acusou a mãe da garota, a boliviana Lola Cabrera Sanchez, de ligações com traficantes e de ter relações sexuais com dois dos acusados da morte da filha.

Falcão sofreu dois atentados e morreu durante uma cirurgia no cérebro. Dois dos suspeitos do assassinato - tio e sobrinho - morreram. Um após tomar injeção. O outro, atropelado por um ônibus.

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