Novo comando

Câmara empossa novo prefeito de Vitorino Freire após afastamento de Luanna Bringel

Prefeita foi afastada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do STF, no bojo da Operação Benesse.

Ipolítica

Zezinho do Sindicato assina termo de posse na Câmara de Vitorino Freire
Zezinho do Sindicato assina termo de posse na Câmara de Vitorino Freire (Repropdução/Instagram)

VITORINO FREIRE - A Câmara Municipal de Vitorino Freire empossou, nesta segunda-feira (11), José Gonzaga de Souza, o Zezinho do Sindicato (PDT), vice-prefeito da cidade, para comandar o Município durante o afastamento da prefeita Luanna Bringel (União).

A gestora foi afastada na semana passada, no bojo da Operação Benesse, deflagrada pela Polícia Federal para apurar supostos desvios de recursos da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) destinados à gestão municipal. A decisão pelo afastamento foi do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Nesta segunda, Zezinho do Sindicato participou de sessão na Câmara e tomou posse em ato comandado pela Mesa Diretora, presidida pelo vereador Gilvan de Brito Sampaio, o Gil da Judite (União).

Operação Benesse - A Operação Benesse foi deflagrada para apurar obras realizadas pela construtora Construservice, as quais foram contratadas pela Codevasf e financiadas com recursos de emendas parlamentares, algumas das quais foram atribuídas ao deputado federal Juscelino Filho (União), hoje Ministro das Comunicações e irmão da prefeita.

No ano passado, por exemplo, em suas redes sociais Luanna chegou a celebrar a compra de novos veículos, computadores e refrigeradores para os Conselhos Tutelares da cidade e chegou a celebrar a parceria com o irmão, então deputado federal.

A investigação teve início em 2021, com a primeira fase sendo deflagrada em julho de 2022 e a segunda em outubro do mesmo ano. De acordo com a Polícia Federal, esta fase atual da investigação tem como alvo o "núcleo público" da organização criminosa, após o rastreamento da alocação e desvio de emendas parlamentares destinadas à pavimentação asfáltica.

A Polícia Federal destacou que, se as suspeitas forem confirmadas, os envolvidos poderão ser acusados de fraude em licitações, lavagem de dinheiro, organização criminosa, peculato, corrupção ativa e corrupção passiva.

Um dos principais alvos da investigação é Eduardo José Barros Costa, sócio oculto da Construservice, que foi detido nas primeiras fases da apuração. A polícia suspeita que Costa tinha fácil acesso à alta cúpula da estatal e que as licitações da empresa podem ter sido utilizadas apenas para formalizar o direcionamento de verbas para a Construservice.

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