Justiça mantém prisão de 14 pessoas envolvidas nas mortes de duas adolescentes, em Timon
De acordo com a Polícia Civil, as vítimas foram obrigadas a cavar a própria cova, que após serem torturadas e mortas, foram enterradas, em março de 2021.
TIMON - O Ministério Público denunciou à Justiça do Maranhão, 14 pessoas acusadas de participarem do assassinato de duas adolescentes, Maria Eduarda, de de 17 anos, e Joyce Ellen, de 16 anos. As jovens foram torturadas e mortas após serem obrigadas a cavarem as próprias covas, realizados por organização criminosa, em março de 2021 na cidade de Timon, a 5 (cinco) quilômetros da cidade natal das jovens, em Teresina.
Segundo as investigações, as jovens foram "julgadas" pelo chamado "tribunal do crime", realizado por uma facção criminosa. Os responsáveis pelo crime são membros do Bonde dos 40, que são rivais da facção PCC, que as adolescentes mantinham contato com alguns membros, porém não faziam parte da organização criminosa. Na decisão obtida pelo G1 Piauí, o juiz Francisco Ferreira de Lima mantém a prisão preventiva dos 14 envolvidos.
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De acordo com o delegado do caso, Antônio Valente, da Delegacia de Homicídios de Timon, as investigações apontam crueldade no assassinato das jovens. "Uma das vítimas pediu para morrer de tiro ou que a enterrassem viva, mas que parassem de bater nela. Os laudos cadavéricos apontaram que as adolescentes foram mortas com golpes de faca, taco, pá e picareta. Uma delas enterrada ainda viva", contou o delegado.
Nos documentos, foi destacado pelo juiz a crueldade empregada no crime, com a participação de 14 pessoas deixa evidente que a ação foi premeditada. Os corpos das vítimas foram achados no conjunto Parque Aliança, em Timon, em 20 de março. As jovens saíram de casa por volta das 15h, no conjunto Água Mineral, em Teresina, e foram encontradas mortas em cova rasa pela noite, do mesmo dia.
"(...) o modus operandi da organização criminosa na realização do 'tribunal do crime' que decretou e executou as vítimas, após longas sessões de tortura, tendo sido obrigadas a cavarem suas próprias covas, na qual uma das vítimas foi enterrada ainda com vida", afirma o juiz na decisão.
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