Tiroteio em Sítio Novo

Família de homem morto em confronto e confundido com assaltante quer justiça

Raimundo Francisco de Souza morreu baleado durante tentativa de assalto em Sítio Novo.

Imirante.com

Atualizada em 27/07/2023 às 06h36
Raimundo Francisco de Sousa morreu durante confronto entre policiais e assaltantes na quinta-feira (4).
Raimundo Francisco de Sousa morreu durante confronto entre policiais e assaltantes na quinta-feira (4). (Reprodução)

SÍTIO NOVO - Uma família do município de Sítio Novo, a 641km de São Luís, quer justiça por Raimundo Francisco de Sousa, que morreu baleado durante o confronto entre assaltantes e policiais militares durante uma tentativa de assalto à agência bancária do município nessa quinta-feira (4).

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De acordo com familiares, Raimundo teria corrido assustado na hora do tiroteio e foi confundido com um dos assaltantes. Depois de morto, ele ainda teve o corpo colocado junto a três assaltantes que morreram no confronto.

Em nota divulgada na quinta-feira (4), a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA) afirmou que a ação havia resultado na morte de quatro assaltantes. Entretanto, um dos corpos era o de Raimundo Sousa, que morava com o pai na zona rural e estava em tratamento de saúde porque apresentava um quadro de ansiedade, além de ser um paciente com asma. Segundo familiares, Raimundo se deslocava de Sítio Novo para Imperatriz duas vezes por semana para acompanhamento médico. 

Os parentes da vítima questionam a conduta da polícia, que arriscou a vida de dezenas de pessoas reféns dos assaltantes, resultando nas mortes de Raimundo Sousa e de Oneide Costa, de 60 anos, paciente renal que morreu ao dar entrada no Hospital de Imperatriz.

Em nota divulgada nesta sexta-feira (5), a Secretaria de Segurança Pública voltou atrás e informou que, inicialmente, os mortos foram apontados como suspeitos de integrarem a quadrilha, mas será dado um posicionamento oficial após a identificação de todos os envolvidos.

Veja a nota da SSP na íntegra:

A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA) informa que segue em diligências com equipes do Departamento de Combate a Roubo à Instituições Financeiras (DECRIF), Grupo de Operações Especiais (GOE) e policiais militares de diversos batalhões, na região do município de Sítio Novo, realizando um cerco para efetuar a prisão dos integrantes da quadrilha que tentou assaltar uma agência bancária na madrugada de quinta-feira (4).

A ocorrência

Um grupo fortemente armado tentou efetuar a explosão para roubar o cofre de uma agência bancária no município de Sítio Novo. A Polícia Militar foi acionada e, durante a fuga, já no município de São João do Paraíso, o grupo fez reféns ao interceptar uma van que transportava pacientes. Houve confronto com a polícia, e nove pessoas feridas foram levadas para hospitais da região; uma delas, uma mulher de 60 anos, não resistiu aos ferimentos e veio a óbito na tarde desta quinta-feira (4).

No confronto, um policial militar que integra a equipe do Centro Tático Aéreo foi atingido com um tiro na perna e encaminhado para uma unidade hospitalar. Seu estado de saúde é considerado bom.

Identificação dos mortos

Além disso, outras quatro pessoas morreram durante uma troca de tiros com a polícia. A identidade de todos ainda está sendo confirmada. Inicialmente, os mortos foram apontados como suspeitos de integrarem a quadrilha. Um posicionamento oficial sobre este quadro será emitido somente após a identificação de todos, processo este que está em andamento.

Apreensão de armas e investigações

A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão destaca que parte do armamento utilizado pelo grupo, como fuzis, pistolas e espingardas foi apreendido. As investigações sobre a quadrilha, seguem em paralelo às buscas pelos demais integrantes que estão foragidos.

Em relação à conduta dos policiais, a SSP destaca que as circunstâncias e dinâmica da ocorrência já estão sendo apuradas, mas, observa que os agentes agiram em nome da segurança da população, sem esquecer dos princípios profissionais e éticos que orientam as atividades da corporação e na garantia da proteção à vida.

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