Turilândia

Justiça converte para domiciliar prisão de cinco vereadores investigados por desvio em Turilândia

A decisão foi tomada após os parlamentares se entregarem à polícia, nessa quinta-feira (25), na Unidade Prisional de Pinheiro, no Maranhão.

Imirante.com

Atualizada em 26/12/2025 às 14h26
Após audiência, Justiça concede prisão domiciliar a vereadores investigados no MA.
Após audiência, Justiça concede prisão domiciliar a vereadores investigados no MA. (Foto: divulgação/Câmara de Turilândia)

TURILÂNDIA - Após audiência de custódia, a Justiça converteu em prisão domiciliar a detenção de cinco vereadores de Turilândia, suspeitos de envolvimento em um esquema de corrupção que teria desviado R$ 56 milhões em recursos públicos. A decisão foi tomada após os parlamentares se entregarem à polícia, nessa quinta-feira (25), na Unidade Prisional de Pinheiro, no Maranhão.

Os vereadores investigados são Gilmar Carlos (União Brasil), Savio Araújo (PRD), Mizael Soares (União), Inailce Nogueira (União) e Ribinha Sampaio (União). Todos passarão a cumprir a medida em casa, com uso de tornozeleira eletrônica, enquanto as investigações seguem em andamento.

Justiça concede prisão domiciliar a vereadores no MA

De acordo com o Ministério Público do Maranhão (MP-MA), a conversão das prisões para o regime domiciliar leva em consideração a necessidade de manter o funcionamento do Poder Legislativo municipal, já que a prisão do prefeito Paulo Curió (União Brasil) foi mantida pela Justiça.

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O prefeito, a vice-prefeita Tânia Mendes e a primeira-dama do município foram encaminhados ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís. Com isso, a expectativa é que o presidente da Câmara Municipal assuma interinamente o comando da Prefeitura nos próximos dias.

Paulo Curió se apresentou às autoridades na manhã da quarta-feira (24), na capital maranhense, após permanecer dois dias foragido, situação semelhante à dos vereadores que também se entregaram posteriormente.

Segundo o MP-MA, 21 mandados de prisão foram expedidos no âmbito da investigação. Além dos gestores municipais, empresários, servidores públicos, vereadores e um secretário municipal de Agricultura também são investigados por participação no esquema. Com a apresentação dos cinco parlamentares, todos os mandados de prisão foram cumpridos.

A decisão da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão aponta que uma organização criminosa estruturada se instalou na Prefeitura e na Câmara Municipal de Turilândia. O grupo teria atuado principalmente no desvio de recursos das áreas da Saúde e da Assistência Social.

Desvio de R$ 56 milhões: vereadores cumprem domiciliar

As investigações resultaram na deflagração da Operação Tântalo II, na última segunda-feira (22), que levou à prisão do prefeito e da vice-prefeita. A ação é um desdobramento da Operação Tântalo, realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) em fevereiro deste ano.

De acordo com o Ministério Público, mais de R$ 56 milhões teriam sido desviados por meio de empresas de fachada, criadas para simular a prestação de serviços. O esquema funcionava de forma hierarquizada, com divisão de tarefas entre agentes políticos, operadores financeiros e empresários.

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