Mais de 30 anos de prisão

Homens são condenados por duplo homicídio de adolescentes em campo de futebol no Coroadinho

Os adolescentes Luís Fernando Abreu Fernandes e Josias Alberto Santos Diniz jogavam futebol com amigos quando foram surpreendidos por um grupo armado.

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Durante a sessão, foram ouvidas 11 testemunhas, entre policiais, familiares das vítimas e sobreviventes. (Foto: divulgação)
Durante a sessão, foram ouvidas 11 testemunhas, entre policiais, familiares das vítimas e sobreviventes. (Foto: divulgação)

SÃO LUÍS – O 2º Tribunal do Júri de São Luís condenou, nessa quarta-feira (10), Edvaldo Pereira Júnior e David Sousa Nunes a penas de 32 anos e um mês, e 31 anos e oito meses de prisão, respectivamente. Eles foram responsabilizados pelo assassinato de dois adolescentes e pela tentativa de homicídio de outro jovem, durante um ataque ocorrido em 3 de julho de 2022, no campo de futebol conhecido como “Caranguejo”, no bairro Coroadinho.

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O julgamento começou às 8h30, no Fórum Des. Sarney Costa, e terminou no início da noite. Outros três acusados, Lucas Santos Rocha, Talison Maravalho Nunes e Ricardo de Souza Nunes, foram absolvidos pelos jurados.

As investigações apontaram que os acusados seriam integrantes de facção criminosa e teriam confundido as vítimas com rivais. (Foto: divulgação)
As investigações apontaram que os acusados seriam integrantes de facção criminosa e teriam confundido as vítimas com rivais. (Foto: divulgação)

Relembre o crime

De acordo com a denúncia do Ministério Público, os adolescentes Luís Fernando Abreu Fernandes e Josias Alberto Santos Diniz, ambos de 16 anos, jogavam futebol com amigos quando foram surpreendidos por um grupo armado que saiu de um manguezal e abriu fogo contra eles. Uma das vítimas foi atingida por 12 tiros. Outros jovens conseguiram se esconder no mangue.

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As investigações apontaram que os acusados seriam integrantes de facção criminosa e teriam confundido as vítimas com rivais. No entanto, testemunhas confirmaram que os adolescentes eram ligados à Igreja Adventista e não tinham envolvimento com facções.

O julgamento

Durante a sessão, foram ouvidas 11 testemunhas, entre policiais, familiares das vítimas e sobreviventes. Apenas Edvaldo Pereira Júnior confessou o crime em plenário. As vítimas sobreviventes preferiram não depor na frente dos acusados.

Na sentença, o juiz Pedro Guimarães Júnior destacou que o ataque teve características de uma chacina, cometido contra jovens que apenas jogavam futebol, o que aumenta a gravidade do crime.

Os condenados devem cumprir a pena em regime fechado, no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. O magistrado também negou a eles o direito de recorrer em liberdade, justificando que os réus fazem parte de uma organização criminosa ativa no Maranhão.

Acusação e defesa

Na acusação atuou o promotor de Justiça Raimundo Benedito Barros Pinto. As defesas ficaram a cargo do defensor público Bernardo Laurindo Santos Filho e dos advogados Reginaldo Silva Soares e Francisco Carlos Pereira da Silva Júnior.

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