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COLUNA

Marcos Silva
Marcos Silva Marcos Silva é assistente social, historiador e sociólogo.
Marcos Silva

Os desafios na política ambiental do estado do Maranhão

As questões ambientais no estado do Maranhão refletem a forma do desenvolvimento econômico sem a devida preocupação com a responsabilidade socioambiental.

Marcos Silva

As questões ambientais no estado do Maranhão refletem a forma do desenvolvimento econômico sem a devida preocupação com a responsabilidade socioambiental. Tal conceito ainda é pouco discutido entre os agentes econômicos e políticos no território maranhense. Essa realidade demonstra uma situação desafiadora para os agentes políticos e ambientalistas.

O território maranhense que possui 79,3% do seu espaço localizado na Amazônia Legal é detentor de uma rica biodiversidade e vasta variedade de ecossistemas com florestas tropicais, cerrados, manguezais e uma extensa área costeira. Assim faz com que o estado tenha uma grande diversidade de espécies de fauna e flora, além de uma extraordinária riqueza hídrica. No entanto, as posturas praticadas no crescimento urbano e econômico tem levado a extinção de áreas verdes, habitat natural e recargas de aquíferos.

O estado do Maranhão sofre com o desmatamento para a exploração de madeiras, o que tem afetado especialmente a Amazônia Legal. A distribuição de florestas para construção de áreas de pastos e plantações de mercadorias agrícolas para a exportação. Entretanto, essa realidade é agravada com os ataques às áreas indígenas e de quilombos, assim como as constantes denúncias de extração de madeiras ilegais, o que deve ser objeto de investigação e combate por parte dos órgãos de controle ambiental, o que parece ter sido realizado com constância pela Polícia Federal no estado do Maranhão.

A gestão ambiental no estado do Maranhão ainda é pouco utilizada pelas empresas e pouco estimulada pelo poder público. Isso reflete na ausência de uma política pública de fiscalização e conservação ambiental. Poucos recursos humanos e financeiros para essa área de atuação. Outro aspecto é o baixo índice de participação popular no planejamento e desenvolvimento de ações de proteção do meio ambiente com a preservação e conservação ambiental.

O parque industrial maranhense é formado pelos ramos da transformação de bauxita em alumina para exportação, também pelo transporte e exportação portuária de minérios, complementa um parque eólico e portos públicos e privados. De maneira que os impactos ambientais podem ser significativos por meio da poluição do ar, da água, do solo e danos ao ecossistema com a destruição do habitat natural.

O estado do Maranhão possui uma rica capacidade hídrica. No entanto, o que se vê é historicamente é um crescimento urbano destruidor dos cursos de água natural. Tal realidade elevou a transformação de rios e riachos em córregos de esgotos. Outro elemento é a baixa preocupação das cidades com a proteção das águas de chuvas que a natureza entrega limpa e as cidades terminam misturando com água servida (esgoto).

A realidade leva o Maranhão a uma situação vulnerável aos efeitos das mudanças climáticas, o que inclui o aumento da temperatura, mudanças nos padrões de chuva e eventos climáticos extremos. Esses fenômenos podem afetar a agricultura, a segurança alimentar, a infraestrutura e a saúde das comunidades locais.

Claro que o governo do Maranhão por meio do governador Carlos Brandão apoiado no governo federal que tem a frente Lula do PT tem buscado enfrentar os desafios com a instituição de políticas de fortalecimento da preservação e conservação ambiental. Estimulando o reflorestamento, a proteção da biodiversidade, investimentos em energias renováveis e serviços de saneamento ambiental. Porém os desafios são imensos e necessitamos estimular formas de agriculturas sustentáveis, fortalecendo as pequenas e médias propriedades rurais, além de uma forte campanha de consolidação dos instrumentos de gestão ambiental com vista a responsabilidade socioambiental pelo conjunto das empresas e instituições públicas no Maranhão nas três esferas da economia (primária, secundária e terciária), na esfera pública envolvendo os três entes da federação (prefeituras, estado e governo federal).

Para essa tarefa será importante a contribuição do movimento de ambientalistas e as colaborações acadêmicas científicas das universidades e faculdades instaladas no território maranhense. Por fim, não esquecer das organizações da classe trabalhadora e das organizações não governamentais (Sindicatos e Ongs).

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