GENOCÍDIO?

Mortes de ianomâmis aumentaram 50% em 2023

Em 2023, as mortes entre o povo ianomâmi aumentaram quase 50%, com 104 crianças menores de um ano afetadas, segundo relatório da Sesai.

Ipolítica

Ano passado representou aumento na média de mortes.
Ano passado representou aumento na média de mortes. (Michael Dantas/AFP)

BRASÍLIA - Em 2023, a comunidade ianomâmi enfrentou um aumento significativo de quase 50% no número de mortes, totalizando 308 óbitos, em comparação com 209 no ano anterior. A Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) divulgou esses dados preocupantes, que incluem informações até novembro.

A situação é particularmente grave entre as crianças: 162 menores de quatro anos morreram, com 104 desses óbitos sendo bebês de até um ano. As principais causas de morte foram doenças respiratórias, causas externas e doenças infecciosas e parasitárias. Esses números representam um aumento acentuado em relação à média dos últimos cinco anos.

O aumento das mortes em 2023 foi apenas superado pelo registrado em 2020, o primeiro ano da pandemia de covid-19. O governo federal, em resposta à crise, entregou 30 toneladas de alimentos e aplicou 60 mil doses de vacinas na região. Além disso, decretou emergência sanitária na Terra Indígena Ianomâmi, restringindo o acesso ao local.

O aumento das mortes levou a críticas ao governo de Jair Bolsonaro e a uma investigação sobre alegações de genocídio e omissão de socorro. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, estão envolvidos nas ações de resposta.

 

 

 


 

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