BUENOS AIRES - O recém-empossado presidente da Argentina, Javier Milei, assinou seu primeiro decreto oficial, causando impacto significativo na estrutura governamental. O decreto estabelece a redução do número de ministérios do país de 18 para 9, cumprindo uma promessa de campanha de Milei e alinhando-se com sua visão de um governo mais enxuto. Os ministérios restantes são os de Interior, Relações Exteriores, Comércio Internacional e Culto, Defesa, Economia, Infraestrutura, Justiça, Segurança e Saúde e Capital Humano.
Milei, ao anunciar a medida, enfatizou que a redução de gastos públicos é essencial para enfrentar o déficit fiscal do país. Ele alertou que, embora a situação econômica possa piorar a curto prazo, essas ações são necessárias para a recuperação a longo prazo da Argentina. "No hay plata" (Não há dinheiro), declarou, ressaltando a crise financeira enfrentada pelo governo.
O presidente reconheceu os desafios que virão, incluindo o impacto negativo na atividade econômica e no emprego, bem como o aumento da pobreza e indigência. Ele descreveu a situação atual como "estagflação" e afirmou que as medidas tomadas são necessárias para reconstruir o país.
DISCURSO DE POSSE: QUEBRA DE PROTOCOLO E VISÃO DE FUTURO
Em seu discurso de posse, realizado nas escadarias do Congresso em vez do parlamento, Milei destacou a necessidade de uma nova era na Argentina. Ele criticou as décadas de fracasso e a adoção de um modelo coletivista, responsabilizando-o pela atual crise econômica e social. Milei também abordou a grave situação de segurança no país, mencionando o domínio do narcotráfico nas ruas argentinas.
Milei apontou a elevada inflação, superior a 140% ao ano, como um legado dos governos peronistas, e prometeu uma mudança drástica. Entre as autoridades internacionais presentes na posse estavam o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. O presidente brasileiro Lula enviou o chanceler Mauro Vieira como representante.
REAÇÕES E EXPECTATIVAS
A decisão de Milei foi bem recebida por seus apoiadores, que veem nela um passo importante para a recuperação econômica e a redução do papel do Estado. No entanto, o cenário econômico desafiador e as medidas austeras propostas pelo novo governo argentino serão acompanhados de perto tanto pela população como pelos observadores internacionais.
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