SÃO LUÍS - A classe política vive a expectativa pela indicação que deverá ser feita por Lula (PT), nesta segunda-feira, de Flávio Dino (PSB) ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Ex-governador do Maranhão, Dino ocupa desde janeiro o cargo de ministro de Justiça e Segurança Pública e tem acumulado desgaste na pasta.
Ele deverá ocupar o posto de ministro do Supremo na vaga deixada pela ex-ministra Rosa Weber em 30 de setembro, quando se aposentou compulsoriamente da função.
Nos bastidores a informação é de que, alémd e Flávio Dino, Lula também deverá indicar Paulo Gonet para o comando da PGR (Procuradoria-Geral da República).
O presidente oficializará o anúncio antes de seu embarque para a Arábia Saudita.
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Influência
Tanto membros do Poder Judiciário, quanto a classe política, avaliam que Flávio Dino possui bagagem jurídica - ele foi juiz federal -, e por isso conseguirá atuar com influência na atual conjuntura da Corte.
Flávio Dino tem 55 anos de idade, nasceu em São Luís e além de juiz federal, foi secretário‐geral do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), presidente da Associação dos Juízes Federais e assessor da presidência do STF.
Ele também já atuou como deputado federal, presidiu a Embratur no governo Dilma Rousseff (PT) e governou o Maranhão por dois mandatos (2015-2022).
No ano passado foi eleito senador, cargo do qual se licenciou para comandar o Ministério da Justiça.
Desgaste
Flávio Dino acumulou alguns desgastes no comando do ministério de Justiça e Segurança pública, de janeiro até este mês.
No mais recente episódio, houve a revelação de que a esposa de um homem apontado como líder do Comando Vermelho no Amazonas participou de reuniões com integrantes de sua pasta. O caso ficou conhecido como a “Dama do Tráfico”.
Ele também não soube explicar o sumiço das imagens de 8 de janeiro solicitado pela oposição no Congresso Nacional, que sempre o acusou de não ter agido para impedir as depredações, depois de ter recebido informações privilegiadas da Agência Brasileira de Inteligência.
Dino negou as acusações e classificou as denúncias de absurdas.
No STF, ele conta com o apoio de Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes.
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