SÃO LUÍS

Pré-candidato do NOVO defende privatização da Lagoa da Jansen

Diogo Gualhardo Neves defendeu modelo já aplicado no Parque Nacional do Iguaçu.

Ipolítica

Atualizada em 09/08/2023 às 17h40
Situação precária do Parque Ambiental da Lagoa da Jansen é vergonha para a classe política, disse Gualhardo.
Situação precária do Parque Ambiental da Lagoa da Jansen é vergonha para a classe política, disse Gualhardo. (Neto Cordeiro/Imirante.com)

SÃO LUÍS - O historiador e advogado Diogo Gualhardo Neves defendeu a privatização do Parque da Lagoa da Jansen em artigo publicado no Imirante.com. Em seu artigo, Gualhardo fez um pequeno histórico do parque elencou problemas crônicos do lugar. “Segue o Parque Estadual da Lagoa da Jansen a sorte comum das obras entregues e sem manutenção, que tanto caracterizam a nossa amada, mas menosprezada terra”, disse.

DESPERDÍCIO

Em entrevista ao Ipolítica, Gualhardo afirmou que o Parque da Lagoa da Jansen é desperdício turístico e econômico. “Temos uma área que fica a poucos quilômetros do Centro Histórico e vizinha da praia. Poderia ser um amplo balneário multiuso que englobasse desde gastronomia, à prática esportiva, visitação e balneário. Toda uma estrutura que iria gerar muitos empregos no seu entorno. Só que não.”, disse.

Pré-candidato do NOVO para a Prefeitura de São Luís nas eleições de 2024, Gualhardo afirmou que o descaso com o Parque da Lagoa da Jansen deveria envergonhar a classe política maranhense. “Deixar que um cartão postal com tanto potencial econômico seja transformado em depósito de esgoto é uma situação vexatória que deveria enrubescer de vergonha todos os políticos do estado”, criticou.

PRIVATIZAÇÃO

Questionado sobre como se daria a privatização do parque, Gualhardo explicou que o modelo poderia ser feito por meio de concessão para exploração econômica mediante a investimentos. “A empresa vencedora do processo iria comprometer-se a assumir, cuidar e melhorar as áreas públicas, tratar da despoluição e explorar economicamente uma parcela das outras áreas”, disse.

Indagado sobre a viabilidade da proposta, Gualhardo explicou a situação do Parque Nacional do Iguaçu. “A concessão custou mais de R$ 300 milhões e foram feitos investimentos de outras centenas de milhões. À primeira vista parece caro, certo? Só que por ano são 2 milhões de visitantes a um custo médio de R$ 50. Anualmente o faturamento supera R$ 100 milhões em um contrato de 30 anos”, disse.

Diogo acredita que o potencial turístico de São Luís e uma concessão voltada para despoluição iriam ser grandes atrativos. “Se realmente quisesse resolver o problema, o Governo do Estado daria a concessão a custo zero, exigindo apenas parâmetros rígidos para a despoluição, balneabilidade, requalificação e manutenção das áreas públicas. Isso iria atrair o interesse e os investimentos inexistentes atualmente”, concluiu. 

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