Debate

Na Sabatina Imirante em 2022, Brandão defendeu escolas cívico-militares

Governo Lula anunciou fim do programa das escolas cívico-militares; secretário de Educação do Estado, Felipe Camarão, comemorou decisão.

Ipolítica

Carlos Brandão é governador do Maranhão
Carlos Brandão é governador do Maranhão (Divulgação)

SÃO LUÍS - O governador Carlos Brandão (PSB) defendeu, durante a sua participação no Sabatina Imirante - na campanha eleitoral de 2022 -, a ampliação e o fortalecimento das escolas cívico-militares no Maranhão.

Na última quarta-feira o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu encerrar com o programa nacional de instituição dessa modalidade de escola, que era defendido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O secretário de Estado da Educação e vice-governador, Felipe Camarão (PT), comemorou a decisão. 

Abordado sobre o tema na Sabatina Imirante, Brandão disse durante a campanha, que a sua intenção era a de ampliação das escolas cívico-militares.

Ele enfatizou, na oportunidade, dados sobre a aprovação de estudantes do ensino público em vestibulares.

“Os resultados são práticos. Aqui no Maranhão os melhores resultados de vestibular e do Ideb, são dos IEMAs e das escolas militares”, disse.

E completou: “Então, o que que as escolas militares levam? Elas levam a pedagogia, disciplina - um aluno às vezes não respeita mais o pai, não respeita mais a mãe, e a mãe fica ‘doida’ [sic] para que ele vá a escola, porque lá ele tem disciplina, tem hierarquia”.

Brandão explicou na ocasião que a pedagogia aplicada deve se dar por professores estaduais ou municipais, mas que a gestão deve ser por meio dos militares. 

Ele também citou, na ocasião, posicionamento contrário a Lula em relação às escolas cívico-militares, mas ponderou, afirmando que Lula tem um legado deixado na educação do país.

“Os IEMAs são muito mais completos, são uma fábrica de talentos, porque eles têm seis laboratórios de química, física, biologia e matemática; biblioteca; auditório para 300 lugares, dependendo do IEMA; quadra coberta; refeitório, ou seja, é muito mais coberto. Mas, vendo os resultados [das escolas cívico-militares], a gente tem de ampliar. Eu vejo resultado, não se trata de bandeira. Nosso candidato é o Lula. Lula fez um grande trabalho na educação, inclusive muitas das pessoas que se formaram, agradeçam ao FIES, porque tiveram a oportunidade de ter uma faculdade financiada pelo presidente Lula. Então, essas políticas que têm resultado, que têm os melhores indicadores [escolas cívico-militares e IEMAs], a gente tem de abraçar”, enfatizou.

Comemoração

Na contramão do que pensa Carlos Brandão sobre a efetividade e necessidade das escolas cívico-militares, o secretário de Estado da Educação, comemorou a decisão de Lula de encerrar o programa nacional. 

Ele disse que o governo inverteu a lógica na educação, a acertou na decisão.

“Corretamente o governo federal inverteu a lógica na educação. Acabou com incentivo às escolas cívico militares e retomou incentivou às escolas em tempo integral (lei já aprovada no congresso). Vamos melhorar a educação pública de qualidade, responsabilidade social e com equidade”.

Brandão ainda não se posicionou sobre o tema, depois da decisão de Lula. 


 

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