Reforma tributária

Após desentendimento, Tarcísio diz que "sempre será leal" a Bolsonaro

A declaração foi dada após o desentendimento dos dois na semana passada sobre pontos da reforma tributária.

Ipolítica com informações do G1

Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, disse que "sempre será leal" a Bolsonaro
Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, disse que "sempre será leal" a Bolsonaro (Marcelo Camargo / Agência Brasil)

BRASIL - O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou no sábado (8) que "sempre será leal" ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A declaração foi dada após o desentendimento dos dois na semana passada sobre pontos da reforma tributária, que foi aprovada nesta semana pela Câmara dos Deputados e mudará a cobrança de impostos no país.

"O presidente é um grande amigo. A gente pode divergir em algum ponto sobre a reforma, é normal, não é possível que a gente vá sempre concordar em tudo [...] Está tudo bem. Sempre serei leal ao presidente e sempre serei grato ao presidente. Se eu estou aqui, eu devo a ele", disse Tarcísio durante evento de comemoração à Revolução de 1932 em São Paulo.

Bolsonaro interrompeu Tarcísio durante uma reunião com a bancada do PL no Congresso sobre a reforma tributária, na quinta-feira (6), em Brasília.

Uma gravação de parte do encontro, divulgada nas redes sociais, mostra Tarcísio tentando argumentar a favor da reforma e Bolsonaro pressionando os parlamentares do partido a se manifestarem pelo adiamento da votação ou votarem contra a proposta.

Após o episódio, os dois se encontraram para conversar na sexta-feira (7).

A reforma foi aprovada pela Câmara dos Deputados por 382 votos a 118 no primeiro turno, e 375 a 113 no segundo.

Embora tenha votado majoritariamente contra, PL deu 20 votos a favor no primeiro turno e 18 no segundo, evidenciando o fracasso do ex-presidente - que tenta pilotar da oposição ao governo Lula - em ter liderança dentro de sua própria legenda.

Tarcísio, por seu lado, recebeu elogios do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e agradecimento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).

Conversas

Na manhã de sexta, 7, os dois falaram por telefone. Segundo interlocutores do governador, a ligação deixou evidente que Bolsonaro "sabe que errou" e "ficou constrangido". Não chegou a pedir desculpas, mas pediu que os dois olhassem para frente e disse que o mal-estar "vai passar" .

Tarcísio deixou claro que o episódio não deixou rusgas, que continua agradecido ao ex-presidente - por quem diz ter um amor de família -, mas lembra que não é refém de Bolsonaro, e que não vai adotar uma postura radical.

O governador tem dito a interlocutores não ser possível fazer "oposição sistemática", pois ficaria "sem credibilidade" e se tornaria um "PSOL da direita".

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