Corsários franceses no Maranhão setentista
Queríamos destacar um episódio em particular, pouco conhecido da nossa história. A invasão de águas maranhenses por corsários franceses.
Em 1798, São Luís e o Maranhão, experimentavam um período de grande prosperidade econômica, advindo da criação da Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão, criada em 1755 pelo Marquês de Pombal. É partir daí, desse surto econômico, que se levantam os grandes sobradões que irão formar o monumental acervo arquitetônico de inspiração portuguesa do Bairro comercial histórico da Praia Grande.
A finalidade dessa Companhia era fomentar o desenvolvimento econômico da região Norte do Brasil colonial com a introdução em massa de mão de obra escravizada africana. No ano anterior (1797), foram introduzidos no Maranhão 1.854 escravizados da África. A exportação do algodão, arroz e courama, chegou a um valor superior a mil contos anuais.
Nesse ano (1798), a Capitania do Maranhão possuía 78.860 habitantes, sendo mais de 42 mil livres e mais de 36 mil escravizados. Portanto, com um grande contingente populacional de escravizados, cerca de mais de 46%.
Esse período, também foi marcado do ponto de vista sanitário por uma grande epidemia de varíola que assolou o Maranhão, causando grande mortandade e durou mais de um ano, matando mais de 4 mil pessoas, entre 1798 e 1799.
Em meio a esse contexto, queríamos destacar um episódio em particular, pouco conhecido da nossa história. A invasão de águas maranhenses por corsários franceses, oriundos de Caiena, em fins do século XVIII, onde aprisionaram várias embarcações no litoral maranhense, “tornando-se notável a presa da sumaca N. S. do Livramento, feita na bahia de S. Marcos, no dia 8 de janeiro de 1798 (AMARAL, 1923) .”
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